21 Fevereiro 2020

Governo pede desculpa às populações de Coimbra e região pelo atraso no Metro Mondego

Governo pede desculpa às populações de Coimbra e região pelo atraso no Metro Mondego

O secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, pediu ontem desculpa, em nome do Governo, às populações de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã pela demora na instalação do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM). Jorge Delgado falou em Coimbra, no lançamento do concurso público da empreitada de conclusão da Via Central para passagem do Metrobus, que decorreu ontem à tarde na Baixa da cidade, na presença dos três presidentes dos municípios envolvidos, respetivamente Manuel Machado, Miguel Baptista e Luís Antunes. “Devemos um pedido de desculpas às populações desta região”, admitiu Jorge Delgado, adiantando que o Sistema de Mobilidade do Mondego deverá estar a funcionar em pleno até ao final de 2023.

Manuel Machado lamentou os 118 milhões de euros já gastos em “estudos e mais estudos” e exclamou que “agora é tempo de fazer”.

“Este projeto já viveu várias fases e as críticas sobre os avanços e recuos que já sofreu são justas e são óbvias. Devemos, por isso, enquanto governantes, um pedido de desculpas às populações desta região”, afirmou, perante os presidentes dos municípios envolvidos no SMM: Manuel Machado (Coimbra), Miguel Baptista (Miranda do Corvo) e Luís Antunes (Lousã). “Mesmo que alguns dos constrangimentos possam até não ser diretamente imputáveis a quem tinha o poder de decisão, uma coisa é certa: quem não teve culpa de nada foram de certeza as populações”, acrescentou o governante.

 

“Convém lembrar que a solução de metro ligeiro [prevista desde 1996, ano em que a Metro Mondego foi criada] falhou nas análises económicas e de procura e que, por isso, não foi possível obter financiamento europeu para a sua construção”, explicou ainda o secretário de Estado das Infraestruturas, garantindo que a promessa de “fazer todas as obras e iniciar a operação, de forma faseada, ainda em 2022, concluindo este processo até ao final de 2023, data em que o sistema deverá estar integralmente em serviço”, na cidade de Coimbra e no antigo Ramal ferroviário da Lousã.

 

“Esta solução que estamos agora a construir com o Metrobus não é a solução que tinha sido prometida inicialmente, com um metro ligeiro, com carril. Mas o que interessa é que do ponto de vista do serviço à população não irá ser muito diferente”, assegurou Jorge Delgado.

 

A obra na Baixa de Coimbra, para dar passagem aos autocarros elétricos que ligarão o canal do atual troço ferroviário urbano aos Hospitais da Universidade, é a primeira lançada na cidade pela Metro Mondego SA. Uma obra que tem um custo de 3,5 milhões de euros, que implica a abertura do canal do Metrobus e a construção de um edifício-ponte na Rua da Sofia. O secretário de Estado das Infraestruturas lembrou que o Orçamento de Estado de 2020 reserva 22 milhões de euros para o SMM (26% do investimento total do projeto), a executar este ano, recordando ainda que já está a decorrer o concurso para a ligação Serpins – Alto de S. João, que deverá ser adjudicada em breve, e que deverá estar a sair o concurso da ligação Alto de S. João – Coimbra B. O processo do SMM deverá estar concluído até ao final de 2023, referiu Jorge Delgado, “data em que o sistema deverá estar integralmente em serviço”.

 

“Este é um dia histórico, porque finalmente começámos a percecionar que vale a pena voltar a acreditar no Sistema de Mobilidade do Mondego”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, lamentando os 118 milhões de euros já gastos em “estudos e mais estudos” e acrescentando que “a descrença já era muita e agora é altura de concretizar com obra”. “Agora é tempo de fazer!”, exclamou o autarca.

 

Já o presidente do Conselho de Administração da Metro Mondego SA, João Marrana, lembrou que “esta intervenção é absolutamente necessária para podermos colocar em serviço o Sistema de Mobilidade do Mondego”.

 

LUSA / CM Coimbra

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