“Agora é tempo de fazer”, salientou o autarca na presença do secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, que na sua intervenção pediu “desculpas às populações desta região”.
“A descrença já era muita e é altura de concretizar com obra”, destacou Manuel Machado, recordando que “este projeto do Metro Mondego já gastou 118 milhões de euros, já produziu mais de 90 estudos” mas que finalmente começamos a mexer nas pedras de modo a que o Sistema de Mobilidade do Mondego seja uma realidade para os cidadãos de Coimbra, de Miranda do Corvo e da Lousã”.
A abertura do canal que separa o que a autarquia já fez da Via Central e a Rua da Sofia é a primeira obra da Metro Mondego SA. na cidade de Coimbra. “Uma ‘distancizita’, de meros 32 metros”, sublinhou Manuel Machado, mas que “é determinante para o Sistema de Mobilidade do Mondego funcionar”.
Manuel Machado agradeceu ao secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, por ter desbloqueado o processo do SMM e também ao presidente do Infraestruturas de Portugal, António Laranjo, pela “participação técnica qualificada” e todo o apoio e incentivo que deu ao processo. “Vou acrescentar simbolicamente um aspeto. Vai ser desmontado o painel que foi posto do lado da Rua da Sofia para mostrar aos cidadãos como é que ia ser este projeto. Amanhã de manhã [hoje] já estará arrumado e assumimos isso como um gesto de boas vindas à obra da Metro Mondego”, acrescentou o autarca.
Manuel Machado falou ainda na importância da obra para a melhoria da mobilidade urbana de Coimbra, destacando a aposta da autarquia noutras componentes para que essa realidade se confirme num futuro próximo. “Estamos nesta luta, sem desistir das outras componentes de mobilidade em Coimbra, sem desistir de continuar a investir nos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra, suportando o custo social dos transportes [cerca de 9 milhões de euros] (…), que, no meu modesto entender, é um investimento no serviço público, na qualidade de vida na cidade, no acolhimento que a cidade propícia a todos aqueles que precisam de aqui vir passear, trabalhar, estudar, viver”, considerou.
O presidente da CM Coimbra referiu ainda que a autarquia vai “continuar a investir na ciclovia e na Ecovia”, recordando que “está a concurso a aquisição de 14 veículos elétricos” para esse efeito, para retomar a Ecovia. “Nenhum dos sistemas é antagonista dos demais, toda a estratégia está delineada, na complementaridade, todo o foco é nas pessoas que precisam de usar os transportes públicos e no respeito pela qualidade patrimonial da nossa cidade, que é quanto menos automóveis melhor. Mas não somos exclusivistas, e mesmo os automóveis têm de ter o seu espaço de circulação, porque a cidade integra todas estas modalidades de transporte e é na conjugação das capacidades que se vão instalando que a cidade melhora”, concluiu.
A cerimónia contou ainda com a participação do presidente do Conselho de Administração da Metro Mondego SA, João Marrana, e a presença dos presidentes de Câmara da Lousã e de Miranda do Corvo, respetivamente Luís Antunes e Miguel Baptista, bem como de outros autarcas. Estiveram ainda presentes, entre outros, o presidente das Infraestruturas de Portugal, António Laranjo, o presidente do Conselho Diretivo do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, Eduardo Feio, o presidente do Conselho de Administração do Metro Porto, Tiago Braga, a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Isabel Damasceno, o presidente da Assembleia Municipal de Coimbra, Luís Marinho, e os vereadores da CM Coimbra, Carlos Cidade, Jorge Alves, Regina Bento e Carina Gomes.
