A segunda edição do FOR1C tem como tema “Cidades Capital” O evento decorre nos dias 13 e 14 de março, no Convento São Francisco, e está já garantida a presença das cidades que foram eleitas Capitais Europeias da Cultura entre 2020 e 2024. Um encontro de culturas e experiências, de debate e de partilha, que será um contributo inestimável para a candidatura de Coimbra. “São 11 cidades que trabalham em diferentes fases da concretização dos projetos, o que permitirá a recolha da sua experiência, quer ao nível da preparação das respetivas candidaturas, quer ao nível da sua implementação”, resumiu Luís de Matos.
O arranque acontece no dia 13 com sessões de trabalho reservadas aos representantes dos países convidados e aos agentes culturais e artísticos. “Desafiámos os agentes culturais do concelho a fazerem apresentações, de sete minutos, sobre o trabalho que realizam, os seus projetos”, avançou Luís de Matos, explicando que esta é uma oportunidade única para se estabelecerem “laços internacionais, futuras parcerias e coproduções”, para “criar redes artísticas e culturais sustentáveis e definir territórios e vetores de mobilidade na Europa”. “Eles vêm com enorme vontade de contratar parceiros. (…) Alguns até já anteciparam as suas áreas de interesse”, avançou, considerando que este “é aquele tipo de trabalho que não se vê, mas que é extremamente importante”.
Já no dia 14 de março, o evento é aberto ao público e o programa não poderia ser mais atrativo. Os representantes das cidades convidadas vão fazer apresentações públicas, individuais, dos eixos culturais e estratégicos das suas candidaturas, que, note-se, foram aprovadas pelos especialistas da Comissão Europeia. “Vão partilhar connosco as suas visões, explicar como ganharam o título, que dificuldades estão a ter, qual foi o seu modus operandi”, avançou Luís de Matos, destacando ainda a importância de se conhecerem “os aspetos com capacidade para envolver os cidadãos, agentes culturais, sociais e educativos” com foco no “desenvolvimento cultural, abrangente e inclusivo, que tem na sua essência os valores da cidadania europeia”.
O FOR1C mereceu destaque, mas não foi o único assunto abordado na comunicação do grupo. A sessão teve início com a intervenção da vereadora da Cultura da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, Carina Gomes, que destacou duas ações da autarquia que são um contributo para o enriquecimento da candidatura e, sobretudo, para o desenvolvimento da Cultura no concelho. A primeira foi o tema escolhido para a terceira edição do Orçamento Participativo do Município de Coimbra, “Coimbra 2027: candidatura a Capital Europeia da Cultura” e a segunda a aquisição do edifício do Salão Brazil pela CM Coimbra, para “que mantenha as suas funções culturais”, sublinhou. “Muito se fala do caminho que se percorre até 2027, muito se diz sobre a escolha que todas as cidades candidatas estão a fazer, no sentido de privilegiar a Cultura como via estruturante para o desenvolvimento dos seus territórios nos próximos anos. Contudo, nem sempre os sinais visíveis dessas afirmações são tão evidentes quanto gostaríamos. E fiz estas referências porque elas ilustram bem o que significa, na prática, essa afirmação de fazer da Cultura uma área distintiva das políticas públicas municipais”, concluiu.
Luís de Matos congratulou-se, também, pela estratégia da autarquia, considerando ser “esta uma forma de reiterar, na prática, a ideia de uma candidatura transversal, mobilizadora e abrangente”, e fez um breve ponto da situação das iniciativas levadas a cabo pelo grupo de trabalho nos últimos meses. O coordenador do grupo falou do inquérito sobre os hábitos culturais da população de Coimbra, realizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, que “deverá ser apresentado em maio”; do protocolo que será apresentado aos 19 municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, para que as suas melhores iniciativas culturais integrem a candidatura; do Conselho Cultural Municipal; das reuniões com as restantes cidades candidatas e das suas preocupações comuns; e de um evento programado para o dia 27 de setembro, que pretende dar a conhecer a todos um pouco de Coimbra como Capital Europeia da Cultura. “Reservem a data”, pediu Manuel Rocha, garantindo novidades na próxima comunicação pública do grupo.
A sessão contou com a presença dos restantes membros do grupo de trabalho, Cristina Robalo Cordeiro, António Pedro Pita, Nuno Freitas e Luís Menezes.