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15 Julho 2016

Guitarrista João Bagão em destaque na Torre de Anto

A Canção de Coimbra foi novamente debatida, no dia 14 de julho, ao final da tarde, no Núcleo da Guitarra e do Fado de Coimbra, que funciona na Torre de Anto. “A importância da Guitarra de João Bagão na discografia da Canção de Coimbra: dos EP’s de Paradela d’Oliveira aos LP’s de Luiz Goes” foi o tema apresentado por Fernando Marques, guitarrista que integra diversos grupos de fado de Coimbra, no âmbito do ciclo de palestras “Canção de Coimbra: Cultores e Repertórios”, que a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) se encontra a promover e que vai decorrer até ao final do ano. 

A sessão foi centrada em João Bagão (n. 14 de julho de 1921; m. 9 de dezembro de 1992), por ocasião dos 95 anos do seu nascimento e no seu papel enquanto guitarrista da Canção de Coimbra. Fernando Marques começou por destacar alguns aspetos relacionados com o seu percurso musical e, sobretudo, com o papel que desempenhou, nos anos 60 do século XX, na definição de uma Nova Canção de Coimbra. 

Durante a palestra foi, essencialmente, focada a prestação de João Bagão nos trabalhos que gravou com Luís Goes, a partir de 1966, e que contribuíram para a inovação da Canção de Coimbra, com as músicas a serem mais adaptadas à guitarra. “João Bagão não tinha uma mentalidade fechada e tinha um carácter franco e honesto em relação à música de Coimbra”, referiu Fernando Marques, a propósito da faceta inovadora que o guitarrista trouxe à Canção de Coimbra.

João Bagão destacou-se ainda pela forma simples com que acompanhou Paradela de Oliveira e que representou um momento de viragem. “João Bagão nunca estava satisfeito com o que fazia e nos ensaios apresentava sempre novas propostas para os temas”, explicou Fernando Marques, acrescentando: “Era um perfecionista e criativo, que deixou uma marca fundamental e diferente do que se fazia na época.”

O orador fez questão de referir ainda a ida de João Bagão para Lisboa, o facto de ele, por lá, ter frequentado casas de fado, o acompanhamento que fez a Maria Teresa de Noronha, defendendo que todo este seu percurso abriu-lhe novas prestativas na forma de olhar para a guitarra. Fernando Marques terminou a sua palestra, que contou com momentos musicais protagonizados pelos alunos da secção de fado da Associação Académica de Coimbra, do grupo Desassossego, mostrando ao público uma guitarra sua que pertenceu a João Bagão.

Esta foi a sexta sessão do ciclo “Canção de Coimbra: Cultores e Repertórios”. Um total de oito palestras, organizadas pela CMC, com o objetivo de promover este género musical enraizado na cultura urbana da cidade e que projetou o nome de Coimbra para o mundo. A próxima palestra tem como tema “O perfeccionismo e a técnica num disco de confirmação das qualidades de Carlos Paredes”. É dedicada a Carlos Paredes e à passagem de 45 anos sobre a gravação do seu segundo LP, “Movi mento Perpétuo” (1971), e terá António Ralha como orador. Uma iniciativa de entrada livre, que está marcada para sábado, dia 17 de setembro, pelas 15h00, na Torre de Anto.

 

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