O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Manuel Machado, assinou hoje o auto de consignação da empreitada de construção de um imóvel na Rua Corpo de Deus, 70 a 80. A obra fica agora a cargo da empresa Veiga Lopes S.A., pelo valor de 453.572,08 euros (IVA incluído) e com um prazo de execução de 220 dias.
A intervenção passa por erigir um edifício com 10 frações – uma de comércio e 9 habitações destinadas a arrendamento a custos controlados -, no local onde ruíram, em dezembro de 2000, os prédios correspondentes aos números 70-72, 74-76 e 78-80 da Rua Corpo de Deus. Um espaço que, entretanto, a autarquia negociou com os proprietários a respetiva posse. A construção é feita no âmbito da candidatura que a CMC efetuou ao programa “Reabilitar para Arrendar”, do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU).
Uma candidatura que contempla outras intervenções – 12 no total -, nas Áreas de Reabilitação Urbana (ARU) Coimbra Baixa e Coimbra Rio. Refira-se, ainda, que o terreno da Rua Corpo de Deus se localiza dentro do limite do centro histórico da cidade e na área considerada Património Mundial pela UNESCO.
“O importante é intervir no centro histórico com construções de qualidade e que tragam para aqui pessoas, famílias para morar”, justificou Manuel Machado, em declarações aos jornalistas. O autarca destacou ainda a importância de “ter os imóveis reabilitados para servirem de exemplo aos demais”. “Seguimos esta estratégia de fazer intervenções qualificadas – mesmo no decurso da intervenção – para que o tecido envolvente e os proprietários se entusiasmem em fazer esse caminho”, explicou.
Nesta intervenção, pretende-se repor as áreas de habitação existentes e refazer a frente urbana nascente desta artéria, colmatando o vazio hoje existente. O programa principal a que se destina este projeto é o de habitação que o Município arrendará a custos controlados a munícipes/agregados familiares de menores recursos.
No piso térreo nascerá um espaço para comércio ou serviços, uma habitação de tipologia T0 e far-se-á o acesso comum a todas as habitações. Para o piso 1, estão previstos dois T0, enquanto nos pisos 2, 3 e 4 vão surgir dois T1 por piso. Para otimizar a utilização da área para habitação, a escolha passou pela utilização de um esquema de dois fogos por piso, servidos por acessos verticais únicos – escadas e elevador.
Ao nível construtivo e dos acabamentos pretende-se obter um conjunto de soluções que garantam eficácia construtiva, sendo valorizados os requisitos funcionais para um bom comportamento térmico e acústico, durabilidade, resistência, estanquidade, fácil limpeza e conservação.
O projeto foi elaborado cumprindo com as normas técnicas para melhoria das acessibilidades a pessoas com mobilidade condicionada, fazendo parte integrante do mesmo o Plano das Acessibilidades.