O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Manuel Machado, recebeu, esta tarde, nos Paços do Município, alguns membros do Núcleo de Veteranos da Associação Académica de Coimbra (AAC). Um encontro que recordou, entre outros momentos, a época de 1966/67 e que contou ainda com as presenças do vice-presidente da CMC, Carlos Cidade, e do presidente da AAC/Organismo Autónomo de Futebol, Pedro Roxo.
O Núcleo de Veteranos da AAC apresentou, esta tarde, cumprimentos ao presidente da CMC, Manuel Machado. Nas pessoas de Mário Campos, António Marques, Rodrigo Valido e Vítor Brasfemes, o Núcleo ofereceu à autarquia lembranças alusivas à história e às conquistas da Académica. Entre as quais está uma fotografia, do ano 2000, tirada no Salão Nobre dos Paços do Município por ocasião da atribuição da Medalha de Mérito Desportivo da Cidade de Coimbra ao Núcleo de Veteranos da AAC. Distinção que foi deliberada na reunião da CMC, de 18 de setembro de 2000, por unanimidade, após proposta apresentada pelo presidente Manuel Machado “como homenagem e reconhecimento público do Município à acção desenvolvida e contributo dado ao engrandecimento da cidade”, pode ler-se na ata dessa sessão.
O presidente da CMC, Manuel Machado salientou a importância da instituição na cidade. “A Académica é uma bandeira de Coimbra”, referindo que “se mantém forte e ativa”.
O autarca afirmou que a “Académica é uma escola de formação para os seus jogadores” e que é notável constatar que 50 anos depois “ainda perdura a amizade e a entreajuda”, com o intuito de “construir uma instituição cada vez maior”.
Recorde-se que na época desportiva de 1966/67, a AAC fez uma campanha histórica, obtendo a sua melhor classificação de sempre no Campeonato Nacional da 1ª divisão, tendo-se classificado em 2º lugar, apenas a 3 pontos do Benfica (Campeão Nacional), totalizando 40 pontos. Uma época de ouro encerrada a 9 de julho de 1967, perante uma assistência de mais de 60 mil espectadores, no Estádio Nacional, onde se jogou a final da Taça de Portugal. Neste encontro a Académica foi derrotada após mais de 2h20m de jogo, acabando vencida pelo Vitória de Setúbal por 3-2.
Mário Campos, do Núcleo de Veteranos da AAC, recordou esse momento e, ainda, a coragem e sentido patriótico da equipa de futebol da Académica também na final da Taça de Portugal de 1969. Um momento que espelha “a ligação fantástica entre a Académica e a Pátria”. Neste jogo a AAC entrou em campo de capa aos ombros, aberta e caída, e em luto. Por ocasião dos 50 anos deste episódio, que se celebrará em 2019, Mário Campos, propôs que a autarquia se associe a esta celebração, perpetuando “o momento da Académica, num espaço da cidade”. Um repto prontamente aceite por Manuel Machado. “Daqui a dois anos iremos encontrar uma solução adequada nesse sentido”, sublinhou o autarca destacando a importância deste momento para a Pátria.
Por seu turno, o presidente da direção-geral da AAC/OAF, Pedro Roxo, agradeceu aos veteranos pelo exemplo e pelo que fizeram em prol da AAC.