A vereadora da Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Carina Gomes, deu, na passada sexta-feira, uma aula aos alunos do mestrado de Turismo, Território e Património da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), no âmbito do ciclo de conferências da “Rede da Cátedra UNESCO. Turismo Cultural e Desenvolvimento” promovido pela FLUC.
Carina Gomes deu o mote sobre “Coimbra. Cidade e imaginários turísticos”, começando por falar da importância do turismo, do facto de ser uma atividade em expansão, de ser uma oportunidade para a renovação urbana, e de ter cada vez mais peso para os decisores políticos. E porquê? “O turismo permite que a imagem de uma cidade ultrapasse em muito as suas fronteiras geográficas. Possibilita aquilo a que chamo o engrandecimento das cidades, que é crescer em termos de reputação, influência e alcance”, defendeu a vereadora da CMC.
Carina Gomes questionou, também, os alunos, promovendo a interatividade da sessão: “Coimbra é a cidade do quê?”. É “a cidade académica”, “dos estudantes”, “do conhecimento”, ouviu-se na sala. “Coimbra é muito mais do que isso”, ripostou a vereadora, argumentando que é preciso continuar a promover essas imagens, mas acrescentar outras, que captem novos públicos e que fixem os turistas mais dias na cidade.
Por isso, “na Câmara Municipal, defendemos que, numa cidade como Coimbra, a política de Turismo não pode ser separada da Cultura, do Desporto, da Regeneração Urbana, enfim, de várias áreas. E é necessário haver cooperação e articulação com os outros agentes que operam neste setor”, considerou Carina Gomes.
A vereadora da CMC, referiu ainda o crescimento de Coimbra enquanto destino turístico, que foi notório desde 2013 (e associou esse facto, claro, à classificação da Universidade, Alta e Sofia como Património Mundial da UNESCO), destacando, contudo, 2015 como “o ano do grande ‘boom’ ”.
A vereadora terminou considerando que já muito foi feito, e lembrou a abertura do Convento São Francisco e a aposta da CMC na preservação de eventos com história na cidade (como os Encontros Mágicos e a Feira Medieval) e na criação de novos eventos (como a celebração do Fim de Ano e da Anozero: Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra), mas referiu também “que ainda há muito para fazer”. “O que nos traz visitantes é o que nos distingue das outras cidades. E é nisso que temos que trabalhar. É imprescindível adicionar outros atrativos, que permitam a quem nos visita ficar mais tempo”, concluiu, revelando os novos roteiros turísticos que a CMC está a preparar, bem como os fundamentos turísticos que está a ultima. Finalmente, agradeceu a atenção aos alunos e o convite à orientadora do ciclo de conferências e professora do Departamento de Geografia e Turismo da FLUC, Fernanda Cravidão.