O presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, Manuel Machado, destacou, na passada segunda-feira, que os estudos que estão a ser desenvolvidos para a transformação do Aeródromo Municipal Bissaya Barreto em aeroporto deverão começar a ser analisados pelo executivo municipal em setembro.
Em meados de setembro deste ano, “lá pelos dias 15 ou 20”, já haverá “possibilidade de discutir estudos” sobre a criação de uma “estrutura aeroportuária na região”, que estão a ser elaborados por uma equipa de técnicos, anunciou o presidente da CM Coimbra, Manuel Machado, referindo que esses estudos poderão concluir por outras hipóteses de localização, além do Aeródromo Municipal Bissaya Barreto.
A equipa que foi encarregada de “trabalhar este dossiê” recebeu indicações para se debruçar sobre os mais diversos aspetos, como custos, questões técnicas e “soluções alternativas”, considerando todas as hipóteses.
A transformação do aeródromo em aeroporto tem vindo a ser defendida pelo presidente da CM Coimbra, desde a sua recandidatura nas eleições autárquicas de outubro de 2017, argumentando designadamente com o facto de a abertura da Base Aérea de Monte Real (no concelho de Leiria) à aviação civil continuar, há décadas, a ser adiada e de ser “absolutamente necessário” um “acesso aeroportuário” na região Centro.
“Não queremos repetir os erros cometidos com o aeroporto de Beja”, assegurou o autarca. Este projeto “tem que ter atratividade” para ser sustentável, advogou, salientando que se trata de “um aeroporto internacional comercial” que sirva toda a região (com importantes destinos como Fátima, Coimbra ou Figueira da Foz, que “é a praia mais próxima de Madrid”), cuja atratividade será potenciada com empreendimentos como a requalificação do IP3 entre Coimbra e Viseu (que passará a ter características de autoestrada em cerca de 85% do trajeto) e da linha ferroviária da Beira Alta (ligação à fronteira de Vilar Formoso).
“É desejável que esta estrutura aeroportuária seja “alargada a municípios vizinhos e aberta a todos, para servir toda a região”, sustentou o presidente da Câmara, concluindo que este “não pode ser um projeto megalómano”.
LUSA / CMC