A Câmara Municipal (CM) de Coimbra assinalou, esta manhã, a Implantação da República Portuguesa em três momentos: hastear da bandeira nos Paços do Município; deposição de uma coroa de flores no túmulo de José Falcão (1841–1893), no cemitério de Santo António dos Olivais; e deposição de uma coroa de flores no monumento a António José de Almeida (1866–1929), na Rua a que dá nome.
No momento que antecedeu à deposição simbólica de uma coroa de flores no tumulo de José Falcão, o presidente da CM de Coimbra, Manuel Machado, recordou-o como “um dos combatentes para a implantação da República em Portugal”, destacando o seu papel na luta pela República que não chegou a ver implantada.
Depois, junto ao monumento em homenagem a António José de Almeida, o presidente da autarquia destacou que este foi “um notável presidente da República, motivo pelo qual, em nome da cidade, o estamos a homenagear”. Manuel Machado sublinhou a importância de muitos republicanos para a melhoria das condições da saúde pública e do ensino, nomeadamente no acesso aos mais humildes.
Segundo Manuel Machado, “Coimbra foi o ponto de encontro a partir do qual disseminaram as ideias de uma sociedade nova”.
O presidente da autarquia terminou a sua intervenção homenageando aqueles que, a 6 de outubro de 1910, se reuniram nos Paços do Município de Coimbra, de onde proclamaram a República na cidade, sendo investidos como a primeira comissão administrativa da CM Coimbra da República Portuguesa. “Sidónio Pais, António Augusto Gonçalves, Manuel Rodrigues da Silva, Frederico da Graça, Francisco Vilaça da Fonseca, Albino Caetano Pinto, Júlio Vieira Figueiredo, Floro Henriques e Adriano Viegas da Cunha Lucas foram os pioneiros da República do Governo da nossa cidade”.
O primeiro e o último ato desta celebração evocativa foram acompanhados pela Banda Filarmónica União Taveirense, que tocou “A Portuguesa”, o hino nacional adotado após o fim da monarquia.