6 Julho 2020

Fado de Coimbra, Procissão da Rainha Santa e Tecelagem de Almalaguês na final regional das 7 Maravilhas da Cultura Popular

Fado de Coimbra, Procissão da Rainha Santa e Tecelagem de Almalaguês na final regional das 7 Maravilhas da Cultura Popular

O Fado de Coimbra, a Procissão das Festas da Rainha Santa Isabel e a Tecelagem de Almalaguês estão entre os 140 finalistas nacionais do concurso 7 Maravilhas da Cultura Popular e já estão a ser submetidos ao escrutínio do público. As candidaturas, apresentadas pela Câmara Municipal de Coimbra e Coimbra + Futuro, passaram pelo crivo do júri e estão entre os sete finalistas regionais. Seguem-se as eliminatórias que têm início no dia 6 de julho, na RTP e RTP Internacional, mas a votação já está a decorrer. Ou seja, já é possível votar no Fado de Coimbra (760 207 788), na Procissão da Rainha Santa (760 207 789) e na Tecelagem de Almalaguês (760 207 790).

Cultura Popular, é este o tema da edição 2020 do concurso 7 Maravilhas de Portugal e o seu objetivo é homenagear a autenticidade do nosso país, que cada vez mais se afirma pelos seus valores únicos, pela sua base cultural, pelas suas tradições e as suas gentes. Há sete categorias a concurso – Artesanato; Lendas e Mitos; Festas e Feiras; Músicas e Danças; Rituais e Costumes; Procissões e Romarias; e Artefactos – e já foram apurados os 140 finalistas regionais, que representam os 18 distritos e as duas regiões autónomas. Os 140 patrimónios eleitos vão participar agora nas respetivas eliminatórias regionais, que começam no próximo dia 6 de julho, na RTP e RTP Internacional.

 

O concelho de Coimbra tem três candidatos finalistas e já é possível votar neles: o Fado de Coimbra, na categoria Músicas e Danças (760 207 788); a Procissão das Festas da Rainha Santa Isabel, na categoria Procissões e Romarias (760 207 789); e a Tecelagem de Almalaguês, na categoria Artesanato (760 207 790). Os padrinhos já são conhecidos. O presidente da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra, Daniel Azenha, é o padrinho do Fado de Coimbra, a professora catedrática da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Cristina Robalo Cordeiro, vai apadrinhar a Procissão da Rainha Santa, e o presidente da Junta de Freguesia de Almalaguês a Tecelagem de Almalaguês.

 

O Fado de Coimbra, ou Canção Popular de Coimbra, é um género musical performativo, com origem popular e local, enraizado no folclore da cidade, que inspirou os estudantes da Universidade, tendo na Serenata a sua expressão de divulgação mais genuína e erudita. Era o povo de Coimbra e, nomeadamente, os habitantes da velha Alta da cidade, que melhor divulgaram e transmitiram às várias gerações de académicos este modelo musical. Mais tarde, vários cultores académicos projetaram o Fado de Coimbra para outro nível, tais como António Menano, Edmundo de Bettencourt, Luiz Goes, José Afonso e Adriano Correia de Oliveira. Já mais recentemente, em junho de 2013, a UNESCO reconheceu a Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património da Humanidade, sendo o Fado de Coimbra um dos quatro pilares imateriais que contribuiu para essa distinção mundial.

 

Já as Festas da Cidade de Coimbra e da Rainha Santa Isabel são a mais genuína manifestação de veneração de Coimbra à sua Padroeira e têm como expressão máxima a procissão. O povo agradece a Isabel de Aragão, esposa do rei D. Dinis, a vida caritativa que levou e os vários milagres e curas que lhe estão atribuídos, sendo o mais conhecido o Milagre das Rosas. A procissão da Rainha Santa Isabel começou a ser realizada desde muito cedo, no século XVI, e assume algumas semelhanças à que decorre nos dias de hoje, mais precisamente na altura do feriado da cidade, 4 de julho. As ruas são ornamentadas, a população sai à rua em massa e a há milhares de visitantes que chegam para ver a procissão. A Procissão da Penitência decorre na noite de quinta-feira e vai do Convento de Santa Clara-a-Nova até à Igreja de Santa Cruz. A Procissão Solene e de Louvor decorre na tarde de domingo e é quando a imagem da Rainha Santa regressa ao Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.

 

A Tecelagem de Almalaguês é conhecida pela sua ancestralidade, existindo estudos que apontam para a influência da ocupação romana nesta arte de tecer. Motivos que levaram a CM Coimbra e a Junta de Freguesia de Almalaguês a candidatar esta tradição. O tear sempre teve lugar nas casas de Almalaguês, era instalado nas “lojas” de cada habitação e desempenhava uma importante função nesta comunidade rural. A mulher estava no centro desta produção artesanal e ainda hoje existem muitas mulheres da região que prosseguem com esta arte. A peça de Almalaguês é tradicionalmente executada em linho, estopa, lã ou trapos e, mais recentemente, em algodão. As peças mais relevantes são bastante bordadas, monocromáticas, existindo, contudo, recurso a uma variedade de cores que se repetem, como o verde seco, o castanho, o bordeaux, o amarelo torrado e a azul. As colchas, os panos, as toalhas de rosto, os tapetes e as passadeiras são as obras mais características.

 

Está, assim, concluída mais uma fase do concurso 7 Maravilhas da Cultura Popular. Cabe agora ao público votar nas 20 finais regionais, que correspondem a 20 programas com emissão em direto na RTP e apresentação a cargo de Catarina Furtado e José Carlos Malato. Os programas vão decorrer a partir de dia 6 de julho e durante todo esse mês, com o objetivo de serem apurados os 20 vencedores, através do maior número de votos populares. No dia 16 de agosto, segue-se um programa de repescagem e será igualmente o voto popular que decidirá quais os oito repescados. Estes 28 semifinalistas serão, depois, distribuídos em duas semifinais, que decorrerão nos dias 23 e 30 de agosto e das quais sairão os 14 finalistas. Os vencedores das 7 Maravilhas da Cultura Popular serão conhecidos num programa final, a transmitir no horário prime-time da RTP, a 5 de setembro de 2020.

 

Estas e outras informações podem ser consultadas em https://7maravilhas.pt/.

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