A República Rosa Luxemburgo, antes conhecida por “Casa cor-de-rosa”, foi a primeira a ser constituída apenas por mulheres, quando estas estavam completamente excluídas do contexto comunitário estudantil, e há registos de que acolheu pessoas de diferentes origens e participou em várias atividades educativas e político-culturais desenvolvidas em conjunto com outras casas, além de realizar eventos próprios, como o “Mês Rosa”. Foi, assim, comprovada a sua importância para a história local, bem como a sua identidade, já que a República se mantém nos dias de hoje, promovendo eventos sobre temas e perspetivas feministas e assumindo um papel ativamente crítico em relação às desigualdades de género. Foram, ainda, conferidos o património artístico e o acervo da associação, bem como a sua existência como referência local.
Com a conclusão deste processo, já foram reconhecidas 15 repúblicas de estudantes e duas “Loja com História”.
Recorde-se que a CM Coimbra aprovou, na sua reunião de dia 5 de março de 2018, uma ficha de candidatura para a instrução de processos de reconhecimento e proteção de estabelecimentos e entidades de interesse histórico e cultural ou social local, de forma a auxiliar as entidades que pretendessem ver efetivado esse reconhecimento. O objetivo passa, pois, por simplificar o procedimento, para que os estabelecimentos que se enquadrem nas categorias previstas na lei, entre eles as repúblicas de estudantes de Coimbra e as lojas com história, possam desencadear, com maior celeridade e simplicidade, o seu processo de pedido de reconhecimento como entidade de interesse histórico e cultural ou social local.