11 Setembro 2020

Manuel Machado destaca resiliência dos autarcas e fala em “dia de alegria para Coimbra”

Manuel Machado destaca resiliência dos autarcas e fala em “dia de alegria para Coimbra”

O presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra destacou hoje que a capacidade de “resiliência” dos autarcas abrangidos pelo Sistema de Mobilidade de Mondego (SMM) foi determinante para se chegar à consignação das primeiras empreitadas para a instalação do Metrobus. Manuel Machado, que discursava na cerimónia de consignação da conclusão da Via Central na Baixa de Coimbra, numa extensão de 32 metros, disse que “este bocadito que falta é o sinal de que este sonho se vai tornar realidade” e, por isso, é um “dia de alegria para Coimbra”.

No dia em que foram consignadas duas importantes obras ansiadas pela região há muitos anos, Manuel Machado garantiu que “a partir de hoje podem acreditar”. “Gostaria e tenho pena de não termos conseguido concretizá-la mais cedo, mas está a concretizar-se hoje”, referiu ainda o presidente da CM Coimbra, destacando a capacidade de “resiliência” de todos os autarcas envolvidos no processo.

 

Destacando a importância da obra, o autarca sublinhou que, sem esta intervenção da Via Central, “nunca seria possível viabilizar” o SMM. Esta é uma “linha estruturante e essencial de acesso aos nossos hospitais, à zona mais densamente povoada da nossa cidade e, portanto, estamos a dar um passo notável”, sublinhou Manuel Machado

 

Perante o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, que presidiu à cerimónia, o autarca manifestou ainda a intenção de, a seu tempo, expandir as linhas de Metrobus a concelhos vizinhos, como Condeixa-a-Nova. “Com esta realização, quando os veículos elétricos (que está convencionado adquirirem-se o mais depressa possível) começarem a transportar passageiros, Coimbra terá um braço armado de transportes coletivos, com experiência e capacidade, profissionalismo, segurança, qualidade, e tornará possível a expansão do Sistema de Mobilidade para outros territórios”, assegurou Manuel Machado, acrescentando que a política pública da sua autarquia “passa por servir os que precisam de viver ou trabalhar em Coimbra ou nos territórios circunvizinhos, nos municípios de proximidade”.

 

A empreitada de abertura do canal de Metrobus na Baixa de Coimbra vai ligar a frente do rio Mondego à Rua da Sofia, através da Via Central, permitindo a execução da Linha do Hospital do SMM. Trata-se de um investimento de 3,5 milhões de euros, com um prazo de execução de 23 meses, que integra a reconstrução de vários imóveis e a construção do edifício-ponte, da autoria do arquiteto Gonçalo Byrne. Esta linha fará a ligação da zona da Baixa de Coimbra e do Ramal da Lousã à zona de Celas, onde se localizam os Hospitais da Universidade de Coimbra, IPO, Hospital Pediátrico, e as Faculdades de Medicina e Farmácia.

 

Antes, o ministro das Infraestruturas e da Habitação tinha também presidido à sessão de consignação da empreitada de adaptação do Ramal da Lousã (desativado há 10 anos) à circulação de veículos do tipo Metrobus, entre aquela localidade e o Alto de São João (Coimbra), numa extensão de 30 quilómetros. A obra foi consignada por 23,7 milhões de euros, com um prazo de execução de 15 meses. Pedro Nuno Santos considerou que este é “um passo estruturante para Coimbra e para a mobilidade dentro da cidade, mas também de toda a região”. “O ato de consignação é mesmo o último ato, onde o Estado participa mais diretamente: nós entregamos a responsabilidade da obra ao empreiteiro que ganhou o concurso. E é por isso que o senhor presidente da Câmara Municipal de Coimbra dizia que este era o ‘pontapé de saída’ para uma obra da máxima importância” referiu.

 

Pedro Nuno Santos pediu, ainda, desculpa aos cidadãos da região. “O Estado ficou a dever às populações desta região durante demasiados anos. Há um pedido de desculpas que é devido. Se este investimento fosse em Lisboa ou no Porto, não tínhamos demorado tanto tempo. E é importante que nós, com frontalidade e transparência, assumamos que aquilo que estamos a fazer é justiça e respeito para com o povo, concluiu.

 

A Linha do Hospital do Sistema de Mobilidade do Mondego, em que esta empreitada se insere, faz a ligação da zona da Baixa de Coimbra e da Linha da Lousã à zona de Celas, onde se localiza um importante complexo de saúde (CHUC, IPO, Hospital Pediátrico), duas Faculdades (Medicina e Farmácia), bem como vários Institutos de Investigação e outros equipamentos de importância estratégica para a cidade e para a região.

 

Já a Linha Alto de São João – Serpins será a adaptação do Ramal da Lousã (desativado há 10 anos) à circulação de veículos do tipo Metrobus. Terá uma extensão de 30 km, ligará a Lousã a Coimbra e foi consignada por 27,3 milhões de euros, com um prazo de execução de 15 meses.

 

A cerimónia contou ainda com a presença do secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, do presidente do Conselho de Administração das Infraestruturas de Portugal, IP, António Laranjo, e de vários vereadores e presidentes de Câmara da região, bem como outros autarcas e forças vivas do concelho e da região.

 

CM Coimbra / LUSA

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