27 Abril 2021

Câmara de Coimbra e Critical Software colaboram para uma cidade mais inteligente e sustentável

Câmara de Coimbra e Critical Software colaboram para uma cidade mais inteligente e sustentável

A Critical Software convidou a Câmara Municipal (CM) de Coimbra a aderir à comunidade The Things Network (TTN) Coimbra, que integra uma rede mundial. O objetivo é continuar a tornar a cidade cada vez mais inteligente e sustentável, procurando que as redes e os serviços tradicionais sejam mais eficientes com a utilização de tecnologias digitais e de telecomunicações, que melhorem o uso dos recursos, criem uma administração municipal mais ágil e interativa, espaços públicos mais seguros e uma maior sustentabilidade ambiental. Esta adesão foi aprovada por unanimidade na reunião de ontem do executivo municipal.

A adesão à rede TTN foi proposta à CM Coimbra pela Critical Software, mais precisamente pelo seu Laboratório de Inovação – Fikalab – que suporta a comunidade TTN no concelho. Uma iniciativa que irá contribuir para a gestão urbana integrada, inteligente e sustentável que tem vindo a ser priorizada pela autarquia.

 

A TTN é uma iniciativa de origem europeia e a autarquia entende que esta comunidade pode ajudar Coimbra a ser uma cidade mais inteligente e sustentável, ajudando com sistemas tecnológicos de recolha de dados em tempo real (seja na área dos transportes, águas, serviços públicos, caudais do rio e seus afluentes ou outras), com softwares de processamento que cruzam os dados recebidos pelos sensores e sistemas inteligentes que permitem a previsão de resultados, simulações e outros, que podem ajudar na gestão do risco e no fornecimento de informações importantes para a tomada de decisões.

 

Esta tecnologia consiste num operador de telecomunicações baseado em Long Range Wide Area Network (LoRaWAN), que permite que os sensores comuniquem com sistemas de gateways através de antenas de longo alcance (wireless) que, por sua vez, através de uma ligação segura à Internet, comunicam com os sistemas centrais de armazenamento e tratamento inteligente de dados. A TTN está presente em 151 países, suportando cerca de 142.000 membros, distribuídos por mais de 1000 comunidades e contando com mais de 19.000 gateways. Em Portugal, esta rede inclui 24 comunidades e 97 gateways, distribuídos por 25 cidades ou regiões. Em Coimbra, a comunidade é suportada pelo Fikalab. Fundado em 2016, o Fikalab tem como objetivo proporcionar condições para que os colaboradores da Critical Software possam experimentar diferentes tecnologias, novos pontos de vista, resolver problemas do dia a dia ou criar livremente, sem limitações ou obrigações, bem como contribuir com soluções tecnológicas para a comunidade, como são exemplos a colaboração na adaptação de brinquedos com a Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra ou a impressão e distribuição de viseiras para proteção contra a Covid-19.

 

A comunidade TTN Coimbra conta, atualmente, com 11 gateways, e com parceiros como a Universidade de Coimbra pela mão do Centro de Ecologia Funcional, do Instituto de Sistemas e Robótica e do Instituto Politécnico de Coimbra, com a colaboração do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra e da Escola Superior Agrária de Coimbra. O Fikalab convidou, agora, a CM Coimbra a juntar-se à rede de parceiros estratégicos, propondo que se formalize esse ato com a assinatura de um protocolo de colaboração entre a autarquia e a Critical Software.

 

Este acordo prevê várias ações de colaboração e obrigações para ambas as partes. O primeiro passo será a Critical Software disponibilizar uma gateway LoRaWAN, em regime de comodato, à autarquia, que deverá utilizar o equipamento nas suas instalações, com fornecimento de acesso à Internet e permitindo o uso comunitário de acordo com o previsto na TTN. As duas entidades irão, ainda, definir e calendarizar atividades conjuntas no âmbito desta iniciativa, nomeadamente projetos, estágios, workshops e concursos e a autarquia deverá, ainda, indicar e disponibilizar outros locais, com acesso à Internet, para a instalação de novas gateways LoRaWAN.

 

A CM Coimbra poderá, entre outras coisas, usufruir dos gateways e dos dados públicos dos sensores existentes; adquirir os seus gateways e sensores e juntá-los à rede comunitária, decidindo quais os dados da autarquia que serão públicos e privados; usufruir do suporte da Critical Software na gestão desta infraestrutura de utilização pública; criar o seu próprio banco de dados aberto; criar fontes de dados; desenvolver projetos com rede de sensores; e promover projetos na área da Internet das Coisas (IoT).

 

Recorde-se que a CM Coimbra tem vindo, nos últimos anos, a tomar medidas nesse sentido, como a implementação da rede wi-fi pública e gratuita Coimbra +, a criação do orçamento participativo, a aposta em sistemas de iluminação pública inteligente, a desmaterialização de processos administrativos (incluindo serviços online), o reforço da frota municipal de transportes públicos com autocarros elétricos, a gestão inteligente da rede municipal de distribuição de água, a opção pelo transporte suave e a criação de uma rede de ciclovias, entre outras iniciativas, como o recentemente aprovado projeto de Programa Municipal para as Alterações Climáticas que está em consulta pública.

 

Com estas ações a autarquia pretende que Coimbra seja uma cidade cada vez mais inteligente e sustentável, procurando, para tal, levar a cabo a sua estratégia de “smartização” do concelho a par com soluções sustentáveis e de combate às alterações climáticas. A criação de um Centro de Inteligência de Coimbra, como unidade orgânica da Divisão de Modernização Administrativa do Departamento de Sistemas de Informação e Inovação da Câmara, na recente reestruturação dos serviços municipais, é um exemplo disso mesmo e, cada vez mais, a autarquia tem considerado o conceito de cidade inteligente (smart city) como uma importante política para o desenvolvimento sustentável, associando as oportunidades que surgem da crescente difusão das novas tecnologia de informação e comunicação à inovação social e à integração de mecanismos de gestão de espaços urbanos. 

 

O objetivo é que as redes e os serviços tradicionais se tornem mais eficientes com a utilização de tecnologias digitais e de telecomunicações, que permitam um melhor uso dos recursos, uma administração municipal mais ágil e interativa, espaços públicos mais seguros e uma maior sustentabilidade ambiental. Ora, para isso é importante o sistema de recolha de dados em tempo real (seja na área dos transportes, águas, serviços públicos, caudais do rio e seus afluentes ou outras), o software de processamento que cruza os dados recebidos pelos sensores e o sistema inteligente que permite a previsão de resultados, simulações e outros, que podem ajudar na gestão do risco e no fornecimento de informações importantes para a tomada de decisões.

 

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