É a 54ª edição do Rally de Portugal, que estava prevista acontecer o ano passado, mas foi cancelada devido à pandemia da COVID-19. A mítica prova vai este ano para a estrada, de 21 a 23 de maio, com passagens em Arganil, Lousã, Góis e também em Mortágua, uma das novidades anunciadas o ano passado, que será concretizada nesta edição. A etapa portuguesa do Campeonato do Mundo de Rally, organizada pelo Automóvel Club de Portugal (ACP), mantém-se, assim, na região centro e volta a partir de Coimbra, com a cerimónia oficial de arranque marcada para o dia 20 de maio, na Alta universitária, sendo que a corrida parte no dia seguinte, bem cedo, a partir das 06h00.
“Hoje, apesar da pandemia, das restrições e das dificuldades que resultaram da COVID-19, não perdemos o sentido de compromisso e na primeira oportunidade, [o Rally de Portugal] está a ser realizado”, congratulou-se o presidente da CM Coimbra, na cerimónia que decorreu ontem nos Paços do Concelho, realçando o sucesso comprovado do mítico evento desportivo, que tem um enorme impacto económico e social no território e elogiou a “iniciativa do Automóvel Clube de Portugal”.
Manuel Machado realçou, ainda, o facto de o evento atrair multidões e deixou um apelo a todos os intervenientes. “É importante apelar a que tenhamos cuidado, de modo a que consigamos demonstrar que é possível fazer realizações desportivas notáveis, cumprindo as regras de segurança”, afirmou, pedindo à comunicação social presente para ajudar a passar essa mensagem.
O presidente do ACP, Carlos Barbosa, quis deixar claro que o Rally de Portugal vai continuar na região centro. “O ACP quando veio para o centro foi para ficar”, afirmou. Carlos Barbosa foi mais além e aceitou mesmo o desafio recordado pelo presidente do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, que é de realizar uma especial noturna em Coimbra na edição 2022. “Em 2022, se for possível, tenho o maior gosto em fazer aqui, depois da partida, mais cedo, uma especial noturna”, afirmou o presidente do ACP.
Carlos Barbosa apelou, também, ao “bom senso” de todos os espectadores e mostrou-se confiante no sucesso da iniciativa. “Estamos convencidos que as pessoas vão ter o bom senso de não estarem umas em cima das outras, de respeitarem as distâncias de segurança e, sobretudo, de estarem de máscara”, considerou, lembrando que as zonas de espetáculo foram aumentadas praticamente para o dobro da sua área habitual e foi reforçado o número de forças policiais presentes no evento. E “a máscara é essencial para proteger da poeira”, acrescentou. De resto, referiu, “a parte desportiva está assegurada”. “É o primeiro Rally de terra a sério e, portanto, a parte de sucesso do Rally está garantida”, reforçou.
O evento, que regressou à região de Coimbra em 2019, 18 anos depois da sua última passagem, não podia ter um balanço mais positivo: trouxe milhares de pessoas, aumentou a estadia média e gerou um retorno superior a três dezenas de milhões de euros. Uma prova que, durante três dias, vai proporcionar a todos os interessados nesta modalidade assistirem ao vivo aos melhores pilotos internacionais e nacionais desta modalidade, contribuindo, assim, para a divulgação e promoção da cidade de Coimbra na organização de eventos desportivos, para a passagem de milhares de adeptos da modalidade pela cidade e para o desenvolvimento da economia local e regional.
A cerimónia contou, ainda, com a participação do presidente da CM Arganil, Luís Paulo Costa, da CM Góis, Lurdes Castanheira, da CM Lousã, Luís Antunes, CM Mortágua, José Júlio Norte, e do Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado, estando ainda presentes o vereador do Desporto da CM Coimbra, Carlos Cidade, e o vice-reitor da Universidade de Coimbra, Alfredo Dias.