14 Outubro 2021

Exposição de Filipa Cruz junta escultura e literatura na Galeria Almedina

Exposição de Filipa Cruz junta escultura e literatura na Galeria Almedina

A Câmara Municipal de Coimbra tem patente ao público, na Galeria Almedina, a partir de hoje e até ao próximo dia 21 de novembro, uma exposição da artista plástica e poetiza Filipa Cruz, intitulada “Depois das tardes de verão e dos pesarosos invernos”. A autora, que vai alternando o seu trabalho entre Portugal e França, traz a Coimbra uma proposta que nasce do cruzamento de duas artes, a escultura e a literatura, num projeto que explora a fragilidade, o desaparecimento e os resíduos deixados por corpos metafóricos no espaço. A exposição pode ser visitada de terça a sexta-feira, entre as 10h00 e as 18h00, e aos sábados e domingos, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. A entrada é livre.

A Galeria Almedina, situada na Rua Ferreira Borges, 85, vai acolher, a partir de amanhã e até 21 de novembro, uma mostra de Filipa Cruz que junta, no mesmo espaço, trabalhos de escultura e literatura. A exposição é, segundo a sua autora, “uma proposta de reinvenção do desperdício”. “Trata-se de um projeto que se apropria de um material cujo uso se estendeu por décadas até ser descartado. Recontextualizados, os objetos sobrevivem às intempéries de verão e às de inverno, assim como à própria rejeição. Erguendo-se em promessas de corpos, colunas ou espaços, reclamam um novo tempo e um novo lugar. Com luz e com sombra, volumes e frestas compassadas assumem as evidências do uso e, por conseguinte, a subtileza cromática e a precariedade nas reconfigurações propostas”, define Filipa Cruz.

 

Filipa Cruz nasceu em 1990. É doutorada em Escultura e investigadora integrada no Instituto de Investigação em Arte, Design e Sociedade. É professora auxiliar convidada na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (Porto) e no Paris College of Art (Paris).

 

A sua formação em artes plásticas atravessa as Belas Artes do Porto e a École Nationale Supérieure de Beaux-Arts de Paris, onde contactou com os artistas Tadashi Kawamata, Giuseppe Penone, Marie-José Burki e Tania Bruguera. Possui um Mestrado 1 (M1) em Estética na Panthéon-Sorbonne centrado na dialética texto-imagem. Enquanto artista plástica, o seu trabalho foi financiado por entidades como a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, a Direção-Geral das Artes e o Governo Regional dos Açores, tanto em criação plástica como em criação literária.

 

Filipa Cruz lançará, ainda, até ao final do ano, o livro de poesia “Até os tempos não mais serem interditos” (Editora Letras Lavadas) e prepara, para 2022, a exposição “E primeiro era a palavra: Quando me dás o céu, tenho ouro”, a ter lugar na igreja do Colégio dos Jesuítas – Museu Carlos Machado, em Ponta Delgada.

 

 Até os tempos não mais serem interditos”, XXI Bienal Internacional de Arte de Cerveira, Cerveira, 2020; “Herberto Helder – Por sobre as águas”, Museu Frederico de Freitas, Funchal, 2019; “Porque os desalinhados também têm coração”, Museu de Alberto Sampaio, Guimarães, 2019; “Tecidos são de luz e são a noite”, Castelo de Faro/Fábrica da Cerveja, Faro, 2019; “Felicità”, Palais des Beaux-arts de Paris, Paris, 2016 e “Nimium ne crede colori”, Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende, Valbom – Gondomar, 2016 são algumas das exposições que se destacam no seu currículo.

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