Com o objetivo de integrar o acervo documental imagético da CM Coimbra, a autarquia pretende aceitar a doação de material fotográfico e equipamentos de Vítor Ramos.
Para os técnicos municipais, que sustentam a proposta que será analisada hoje, este acervo é de interesse municipal, aliado ao facto de poder haver algumas curiosidades nos negativos doados para a história da cidade e considerando ainda o interesse museográfico das peças.
“Pese embora a Imagoteca, valência da Biblioteca Municipal de Coimbra (BMC), ser um serviço de tratamento e arquivo de imagens, documentos estes que podem ser depois consultados e disponibilizados aos utilizadores a pedido e pese ainda o facto da maioria do fundo da casa de fotografia de Vítor Ramos ter sido já doado ao Arquivo da Universidade de Coimbra, parece-nos, mesmo assim poder ter interesse aceitar a doação, uma vez que o equipamento doado, em particular o ampliador, será sempre uma peça museográfica da historia da fotografia a preto e branco e poderá até contextualizar algumas exposições de fundos promovidas internamente pela BMC ou outros serviços e servir ainda outras finalidades”, pode ler-se na proposta.
O material doado é composto por 16 caixas de negativos e algumas fotografias, um ampliador de fotografia a preto e branco Durst D659, três tanques de revelação, um tanque de lavagem, dois marginadores, um relógio de impressão, três tinas de revelação, uma pinça, um vincador, uma guilhotina, uma esmaltadeira e um selo branco.
Vítor Ramos foi fotógrafo de vários jornais, nomeadamente do “Diário de Coimbra”, do jornal “O Despertar”, da “Gazeta de Coimbra”, de “A Bola” e do “Record”. Foi ainda o fotógrafo oficial da Fábrica Central de Cervejas, do Sindicato dos Bancários e da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, tendo estado estabelecido na Rua da Louça, desde 1980 até à presente data.