“Aproveito este período antes da ordem do dia para vos fazer um ponto de situação de algumas das nossas feiras municipais e do seu regresso em plenitude após este longo período marcado pela pandemia COVID-19, das obras de melhoramento que foram realizadas nos seus recintos, e também da evolução dos trabalhos e da expectativa de abertura de todas as novas valências do Mercado Municipal D. Pedo V.
Feira dos 7 e dos 23
Uma primeira boa notícia é que a empreitada de requalificação da Feira dos 7 e dos 23, em Bencanta (São Martinho do Bispo), já se encontra concluída.
Trata-se de um investimento da Câmara Municipal, superior a 330 mil € (já com IVA incluído), que teve como objetivo dotar o recinto de maior conforto e segurança para os vendedores e utilizadores, através da melhoria dos pavimentos, da ordenação dos espaços (o recinto foi todo vedado, as zonas foram delimitadas e procedeu-se à pintura e sinalização rodoviária), da definição de uma nova zona de restauração e de estacionamento, da plantação de árvores e do controlo dos acessos.
Mais detalhadamente, a empreitada contemplou:
- a melhoria dos pavimentos (foram aplicados 1,5 hectares de pavimento betuminoso drenante e 1,9 hectares de tout-venant);
- a colocação de vedação e 5 novos portões de acesso ao recinto;
- a criação de 177 lugares de estacionamento
- a criação de 7 espaços para restauração, com lavatórios e ligações elétricas;
- a plantação de 110 árvores;
- e foi colocado um novo sistema automático de rega, que permite, após o período que as árvores necessitam para “vingar”, a sua deslocação para outro local.
Esta intervenção vai possibilitar que as próximas edições desta feira, que se realiza todos os meses nos dias 7 e 23, decorram com muito mais conforto e segurança para os vendedores, compradores e utilizadores do espaço.
Feira do Bairro Norton de Matos
Já relativamente à Feira do Bairro Norton de Matos, estamos empenhados em redinamizá-la e criar todas as condições físicas e legais necessárias para que volte a realizar-se na sua plenitude.
Recordo que a Feira do Bairro Norton de Matos teve início há mais de 40 anos no espaço em frente ao café Samambaia, tendo sido transferida para o atual local há cerca de 20 anos. O recinto chegou a ser pavimentado, há seis anos, mas o espaço nunca teve casas-de-banho, água corrente ou sequer funcionários afetos.
A Feira nunca esteve legalizada, nunca teve regulamento, as taxas nunca foram pagas e não se sabe, com fiabilidade, quem são os comerciantes que lá operam.
Neste momento:
- os serviços municipais estão a elaborar um estudo sobre a disposição dos lugares de venda na feira, comportando veículos e não comportando veículos, para que seja depois analisado pelo Executivo Municipal;
- está a ser elaborado um regulamento para a Feira do Bairro Norton de Matos, de forma a estabelecer regras e a definir os princípios de utilização do espaço e os direitos e deveres de quem comercializa no recinto da feira;
- e, em breve, vai ser transferido o quiosque dos SMTUC para o local, criando, assim, condições de trabalho para os funcionários municipais e para a empresa de segurança privada que lá opera, e possibilitando o usufruto de instalações sanitárias.
Relembro que a Feira do Bairro Norton de Matos foi suspensa devido à pandemia da COVID-19, mas que a área alimentar funciona, ininterruptamente, desde junho de 2020, com 32 comerciantes, 28 desses com lugares marcados e quatro em veículos. O funcionamento da área alimentar foi precedido de um recenseamento extraordinário para a sua instalação, mas esse nunca foi concluído na sua totalidade.
A feira conta com 157 lugares marcados desde 2021. Contudo, a disposição do espaço nunca foi consensual e criou resistência por parte de alguns comerciantes, que não concordaram com a instalação de acordo com a marcação existente, a redução da área de venda, a retirada de veículos do recinto e a legalização.
O recinto passou a ter, desde maio de 2021, segurança privada a operar no local. A situação decorreu apenas com os vendedores da área alimentar, mas já se notou uma mudança significativa no comportamento. O estabelecimento de regras e a fiscalização do seu cumprimento trouxe ordem ao recinto e melhorou significativamente o seu funcionamento.
Feira Sem Regras
Quanto à Feira sem Regras, posso avançar-vos que deverá retomar a sua atividade em pleno no próximo dia 1 de abril, pois consideramos que já não se justificam os condicionamentos à sua realização.
A decisão foi tomada na passada quinta-feira, numa reunião com a União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas e com a Associação dos Amigos da Margem Esquerda, que organizam o evento. Avanço, ainda, que foi proposta uma nova localização para o certame, de forma a evitar os constrangimentos de trânsito junto da Av. João das Regras e a salvaguardar o espaço público junto à Igreja do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha.
A proposta de alteração de local apresentada pela União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas e a Associação dos Amigos da Margem Esquerda passa pela deslocalização da feira para o espaço exterior junto à Praça da Canção, o que possibilitaria a utilização das instalações sanitárias aí existentes.
A proposta foi bem acolhida, está a ser analisada pelos serviços municipais e ponderamos realizar uma edição a título experimental e provisório.
Mercado Municipal D. Pedro V
Por último, quero informar-vos que a empreitada de requalificação do Mercado Municipal D. Pedro V está praticamente concluída, faltando apenas alguns trabalhos de final de obra.
O concessionário dos espaços de restauração informou-nos que no início de março já devem estar em funcionamento todos os espaços da Praça da Restauração e que no início de abril o Restaurante de Peixe também deverá abrir as portas ao público. O espaço do restaurante está, agora, a ser equipado.
Portanto, brevemente vamos ter um novo Mercado Municipal D. Pedro V.
Um espaço moderno, com novas funcionalidades, que com certeza irão atrair novos públicos e gerar uma nova dinâmica numa zona tão nobre da cidade, como a Baixa de Coimbra.
Quero ainda elogiar a nova imagem do Mercado Municipal, que inclui a substituição de toda a sinalética interior indicativa, a uniformização da sinalização das lojas e das bancas e a instalação de tarjas no piso 1, bem como, no exterior, a instalação de lona na fachada, decoração de autocarros, muppies e fornecimento de sacos reutilizáveis. A imagem está muito bem conseguida, simples e apelativa como se pretende. E lembrar que o Mercado vai ter um novo horário: os pisos 1 e 2 passam a funcionar de segunda a quarta-feira das 6h às 24h, e de quinta-feira a sábado, das 6h às 2h da manhã do dia seguinte.
Acreditamos que o novo Mercado vai ser um local de grande procura por parte de quem reside e trabalha em Coimbra e, claro, de quem vem conhecer a cidade. Pretendemos que seja um espaço de visita obrigatória, de referência, à semelhança de outros mercados existentes em cidades portuguesas e europeias.”