A CM de Coimbra continua a trabalhar para requalificar a Casa da Criança e lá instalar a Extensão de Saúde de Taveiro. Depois de, na reunião do executivo municipal de 17 de maio, terem sido aprovadas alterações ao projeto de execução da empreitada de requalificação, a mesmo foi hoje, dia 25 de maio, consignada. Antes da consignação, que contou com a presença do empreiteiro, dos responsáveis municipais da Divisão de Edifícios e Equipamentos Municipais, e do presidente da União de Freguesias de Taveiro, Ameal e Arzila, Jorge Mendes, o projeto foi apresentado pelo arquiteto da CM de Coimbra, Joaquim Nunes.
A empreitada vai ser executada pela empresa Veiga Lopes, SA., que venceu o concurso público lançado pela autarquia em abril de 2021. A obra tem um prazo de execução de 365 dias e representa um investimento global de 756.691,66 euros (IVA incluído). Para ajudar a fazer face a este investimento, a autarquia tem em curso uma candidatura ao FEDER para a comparticipação desta obra.
O edifício da Casa da Criança encontra-se inserido num terreno com cerca de 4000 m2, data dos anos 70 e é composto por dois andares. O imóvel não apresenta graves deficiências generalizadas, excetuando-se as instalações sanitárias vandalizadas, os vãos exteriores com vidros partidos e de funcionamento deficiente e infiltrações pontuais no andar superior.
A reabilitação exterior do imóvel prevê o mínimo de intervenção possível, de modo a adaptá-lo às novas valências de Saúde Familiar e social com o Abrigo de Emergência. “Se exteriormente é prevista uma intervenção de reabilitação mais cosmética, com o encerramento da zona coberta através de um ‘ecrã’ revestido a ripado de madeira, para a compartimentação interior é proposta a utilização de matérias não evasivos e perenes, que permitem uma maior rapidez de construção e de complementaridade com o espaço existente e infraestruturas necessárias a instalar”, pode ler-se na memória descritiva da intervenção.
A cobertura será integralmente reabilitada com reforço estrutural e substituição da telha cerâmica de aba-canudo da cor vermelho existente, de forma a garantir a estanquicidade com a introdução de subtelha e novos rufos e sistema de águas pluviais. No espaço exterior envolvente serão criados percursos pedonais e de transposição de obstáculos, com a introdução de uma rampa de acesso ao edifício.
Em termos de distribuição de espaço, a nova Extensão de Saúde de Taveiro terá, ao nível do rés-do-chão, uma zona de espera, receção/secretariado, instalação sanitária de utentes, salas de tratamentos, gabinetes médicos, gabinetes de enfermagem, gabinetes de consulta, depósitos de lixo, depósitos de material esterilizado, depósitos de material clínico, depósitos de sujos e despejos, enquanto numa zona mais segregada funcionam as áreas exclusivas ao pessoal, como a sala polivalente, copa/sala do pessoal, e instalação sanitária / vestiários do pessoal.
Já o Abrigo de Emergência terá entradas e utilização autónoma através do acesso pelo espaço anteriormente ocupado pela lavandaria, com cozinha ao nível do rés-do-chão, bem como instalação sanitária. Já no piso superior terá uma instalação geral, duas salas amplas com camaratas, duas instalações sanitárias com banho, arrumos individuais e arrumos diversos.
Recorde-se que a CM Coimbra deu início a este processo a 26 de março de 2020, quando decidiu tomar posse administrativa do imóvel Casa da Criança, ao abrigo do disposto no Decreto-Lei n.º 106/2018, de 29 de novembro, que concretiza o quadro de transferência de competências para os órgãos municipais no domínio da gestão do património imobiliário público sem utilização, depois de decorrido o prazo legal sem que tenha havido qualquer pronuncia pela administração central do Estado à proposta remetida pela autarquia em julho desse ano.
Desde então, a CM Coimbra tem trabalhado para requalificar a Casa da Criança e lá instalar a Extensão de Saúde de Taveiro, manifestando a sua total disponibilidade para, em parceria com a ARSC, colaborar na concretização desta intervenção, uma vez que essa extensão tem funcionado em instalações arrendadas, em avançado estado de degradação. O objetivo é assegurar a melhoria da qualidade de prestação de cuidados de saúde aos utentes desta zona geográfica do concelho de Coimbra, estimando-se serem cerca de 6000 utentes.
