O presidente da Câmara participou, esta manhã, no Fórum das Cidades Madrid 2022. José Manuel Silva falou sobre neutralidade carbónica, as oportunidades do novo quadro comunitário de apoio, o Portugal 2030, e deixou claro que a temática das questões climáticas e do ambiente, na sua generalidade, é uma prioridade da atual gestão municipal. O autarca recordou que, para isso, será criado um novo Departamento do Ambiente e da Sustentabilidade na autarquia, informação essa que tinha avançado na reunião de Câmara do passado dia 6 de junho.
É necessário Coimbra ter “uma estrutura que esteja verdadeiramente orientada e preparada, e que tenha qualificações, meios e recursos necessários para lidar com todas as exigências que hoje se colocam”, afirmou José Manuel Silva, no final da reunião de Câmara de 6 de junho, em declarações aos jornalistas. “O Município quer estar na vanguarda da luta contra as alterações climáticas e na preservação do meio ambiente e da biodiversidade. E não pode fazer isso com retórica. Tem de ter um departamento e uma estrutura orientada para essa finalidade”, argumentou, esclarecendo que esse departamento vai ficar sob a alçada do vereador Carlos Lopes.
A ideia é a estratégia para as alterações climáticas passar a ser o instrumento de referência do desenvolvimento do município e o instrumento orientador do restante planeamento e gestão municipal. Um objetivo que tem vindo a ser trabalhado e reforçado através de iniciativas como a adesão ao Pacto de Autarcas, um movimento europeu criado em 2008 que obriga o Município de Coimbra a elaborar um Plano de Ação para a Energia Sustentável e o Clima.
Na sua apresentação, o presidente da Câmara referiu, ainda, que a região de Coimbra foi uma das oito regiões portuguesas que foram escolhidas na União Europeia para implementar projetos de adaptação às alterações climáticas. José Manuel Silva salientou, também, que a região de Coimbra está “alinhada com os objetivos do Pacto Ecológico Europeu” e lembrou que a “missão da União Europeia para a Adaptação às Alterações Climáticas receberá 370 milhões de euros de financiamento do programa de investigação e inovação da União Europeia, o Horizonte Europe, até 2023”.
O Fórum das Cidades Madrid 2022 é organizado pelo IFEMA Madrid e decorre no seu parque de exposições, de 14 a 16 de junho. O programa, que decorre em três dias, conta com 50 mesas redondas, inseridas em 24 sessões temáticas e quatro eixos de debate: Planificação Urbana, Renaturalização, Cidades para habitar e Economia circular. O financiamento de projetos urbanos, a qualidade de vida das pessoas e o intercâmbio de boas práticas são as grandes linhas de todo o programa.
O evento contou com a participação das cidades da Rede Cencyl, um projeto apoiado pela União Europeia, que junta cidades do Centro de Portugal e de Castela e Leão, nomeadamente Aveiro, Figueira da Foz, Coimbra, Viseu, Guarda, Ciudad Rodrigo, Salamanca e Valladolid, com vista à promoção da cooperação e desenvolvimento competitivo das duas regiões transfronteiriças. Fazer frente aos principais desafios e oportunidades de desenvolvimento sustentável e de alterações climáticas no espaço urbano é um dos temas trabalhados pela Rede Cencyl.
