9 Setembro 2022

Coimbra intensifica regas com água recolhida no rio Mondego

Coimbra intensifica regas com água recolhida no rio Mondego

A Câmara Municipal (CM) de Coimbra está a intensificar a rega de milhares de árvores plantadas nos últimos anos, no âmbito dos diversos planos de arborização do concelho, com água recolhida superficialmente do rio Mondego. Uma medida que tem em consideração as condições meteorológicas mais severas do último verão e como objetivo a redução da utilização da água da rede pública para rega. Em Coimbra, cerca de 30% dos espaços verdes municipais já são regados através da utilização da água de rios e ribeiras.

A CM Coimbra tem implementado, nos meses de verão, um circuito diário de rega de milhares de árvores plantadas nos últimos três anos, no âmbito dos planos anuais de arborização do concelho. Assim, o processo passa por camiões-cisternas que recolhem água diretamente do rio Mondego, tendo, para esse efeito, sido emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a “Licença de Utilização dos Recursos Hídricos – Captação de Água Superficial”.

 

De salientar que aproximadamente 30% dos espaços verdes já são regados através da água de rios ou ribeiras, nomeadamente o Parque Verde do Mondego, o Parque Manuel Braga; a avenida de Conimbriga, o jardim da Casa do Sal e a Quinta da Portela.

 

Essa ação foi intensificada devido às condições meteorológicas mais adversas dos meses de verão, que obrigam a um cuidado especial na rega de milhares de árvores. Essas “plantações massivas dos últimos anos implicam um significativo investimento financeiro na promoção de biodiversidade urbana, na redução das ilhas de calor e, consequentemente, na luta contra a mitigação dos efeitos das alterações climáticas”, justificam os serviços municipais.

 

“Quanto aos restantes espaços cuja rega é efetuada pela água da rede pública, tem-se procedido a uma diminuição significativa dos tempos de rega e consequente consumo”, acrescentam, justificando que a medida “para além de representar uma poupança da fatura final do consumo de água, visa também poupar e preservar um importante recurso, considerando a seca extrema em Portugal”.

 

Paralelamente, o Município de Coimbra encontra-se a estudar o uso mais alargado de espécies vegetais que sejam mais adequadas ao clima mediterrânico para os espaços verdes públicos, que visem menor consumo de água e que, também, sejam espécies nativas, com enquadramento fitossociológico. No mesmo sentido, têm também sido feitos estudos de rega inteligente (smart irrigation) que permitam o controlo e monitorização dos sistemas de rega de um modo centralizado.

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