A Ourivesaria Costa, instalada no número 153 da rua Ferreira Borges, em plena Baixa da cidade, vai ser reconhecida como loja com história. Segundo os documentos entregues na candidatura, o estabelecimento “foi fundado em 1936 e encontra-se em atividade, ininterrupta, tendo como objetivo o comércio de ouro, prata e relógio”. Recorde-se que, na Reunião de Câmara de 13 de junho de 2022, o executivo municipal já tinha aprovado a intenção deste reconhecimento.
Este estabelecimento preenche, assim, todos os requisitos que lhe permitem obter a denominação de “entidade de interesse histórico e cultural ou social local”, tais como, a título de exemplo, a longevidade, significado para a história local, função histórica, cultural e social, acervo próprio e existência como referência local, entre outros.
Reconhecida pelos seus anéis de curso, a Ourivesaria Costa forneceu gerações de pessoas licenciadas e doutoradas com anéis e pastas de luxo. Tendo como logotipo a Torre da Universidade de Coimbra, esta é uma marca identitária facilmente reconhecida.
Segundo a análise de candidatura, “é a Ourivesaria mais antiga da cidade de Coimbra, proprietária de objetos artísticos exclusivas, como a matriz de um cristo em pau preto e prata”.
Na reunião de amanhã, dia 03 de outubro, foi também votado o reconhecimento do “Diligência Bar / Casa de Fados”, sito na Rua Nova, na Baixa de Coimbra, e que remonta ao ano de 1972.
Após a aprovação da candidatura de reconhecimento do Diligências Bar na Reunião de Câmara de 13 de maio, o processo seguiu para consulta pública, tendo dado entrada nos serviços municipais um parecer desfavorável a este reconhecimento, que mereceu uma análise criterioso dos serviços.
Face ao exposto no parecer desfavorável, a proposta dos serviços técnicos municipais explicita: “não é intenção da Câmara Municipal de Coimbra, conforme o teor do Edital, reconhecer o estabelecimento Diligência Bar como Casa de Fados, mas sim como Estabelecimentos de interesse histórico e cultural ou social local”; “os Estabelecimentos de interesse histórico e cultural ou social local são(…) ‘as lojas com história ou os estabelecimentos de comércio tradicional, restauração ou bebidas, abertos ao público, que, pela sua atividade e património material ou imaterial, constituam uma referência viva na atividade económica, cultural ou social local’ ”; e “o espaço Diligência Bar enquadra-se na definição acima referida e, à semelhança de outros processos de candidatura, apresentados neste Município, ao Regime de reconhecimento e proteção de estabelecimentos e entidades de interesse histórico e cultural ou social local, (…), a apresentação de alvará de funcionamento é o documento validado para reconhecer a longevidade do espaço, encontrando-se ainda no Edital uma fotografia do livro de atas que vem atestar a funcionalidade do espaço”.
Assim, entende-se que este estabelecimento preenche todos os requisitos que lhe permitem obter a denominação de “entidade de interesse histórico e cultural ou social local”, tais como, a título de exemplo, a longevidade, significado para a história local, função histórica, cultural e social, e existência como referência local, entre outros.
Recorde-se que a CM Coimbra disponibiliza uma ficha de candidatura para a instrução de processos de reconhecimento e proteção de estabelecimentos e entidades de interesse histórico e cultural ou social local, de forma a auxiliar os estabelecimentos ou entidades que pretendessem ver efetivado esse reconhecimento. O objetivo passa, pois, por simplificar o procedimento, para que os estabelecimentos que se enquadrem nas categorias previstas na lei, entre eles as repúblicas de estudantes de Coimbra e as lojas com história, possam desencadear, com maior celeridade e simplicidade, o seu processo de pedido de reconhecimento como entidade de interesse histórico e cultural ou social local.
Com a conclusão destes processos, a Câmara Municipal já reconheceu 25 entidades de interesse histórico e cultural ou social local.