O Festival Política, no formato “warm-up”, começou com uma conversa entre o músico Dino D’Santiago e a vereadora Ana Cortez Vaz, que contou com a participação de dezenas de alunos de diferentes escolas do concelho, que alimentaram o debate com temas como a igualdade, o racismo, o papel da mulher, a importância da escola na educação das crianças e jovens e a participação ativa dos mais novos, sob o mote “A música pode derrubar muros?”. Ana Cortez Vaz defendeu que a política deve construir pontes, porque muros já há suficientes na sociedade. E foi, precisamente, isso que se procurou fazer durante os dois dias do “warm-up”.
Coimbra vai ser, então, a primeira cidade da região Centro a acolher o Festival Política, em novembro, no Convento São Francisco. Um evento com entrada gratuita, para todas as idades, com os mesmos objetivos de promoção da cidadania, da inclusão e defesa dos direitos humanos, expressos em iniciativas com diversos formatos, tais como conversas, workshops, música, cinema e performances.
Este “warm-up” mostrou já um pouco do que vai acontecer em novembro. O evento contou, ainda, com uma oficina para crianças sobre a importância dos ecossistemas, um retrato da música cigana através do documentário “A música invisível”, do realizador Tiago Pereira – que resultou de mais de 250 vídeos gravados, entre 2019 e 2022, em vários locais do país com diferentes comunidades ciganas portuguesas e que deram origem ao projeto “A Música Cigana A Gostar Dela Própria” – e um espetáculo de humor por Hugo van der Ding, intitulado “A Grande Mentira”.
As sessões do festival foram todas interpretadas em Língua Gestual Portuguesa e o filme do realizador Tiago Pereira legendado em português.
O evento resultou de uma coprodução entre o Festival Política e a Câmara Municipal, envolvendo a Divisão do Convento São Francisco, Divisão de Educação, Divisão de Ação Social e Gabinete para a Igualdade e Inclusão do Município de Coimbra. A organização do evento contou, também, com a colaboração da Associação Social e Recreativa Cultural Cigana de Coimbra, da Associação Juvenil Código Atomiko, do Centro Comunitário S. José – Cáritas Diocesana de Coimbra e do Projeto Trampolim E8G.