10 Julho 2023

Dar a Ouvir permite remisturar paisagens sonoras de Coimbra a partir de um móvel

Dar a Ouvir permite remisturar paisagens sonoras de Coimbra a partir de um móvel

A 7ª edição do “Dar a Ouvir. Paisagens Sonoras da Cidade” começa já na próxima quarta-feira, dia 12 de julho, e prolonga-se até dia 18 de julho. As paisagens sonoras de Coimbra vão poder ser ouvidas a partir das gavetas de um móvel, que estará no Convento São Francisco, e a partir do qual o público poderá criar o seu próprio remix. O programa vai decorrer praticamente todo no Convento São Francisco, com exceção do último dia, 18 de julho, que acontece no Salão Brazil. O Dar a Ouvir é um projeto desenvolvido pelo Serviço Educativo do Jazz ao Centro, em coorganização com a Câmara Municipal de Coimbra.

As paisagens sonoras de Coimbra vão ser ouvidas, este ano, a partir das gavetas de um móvel que estará no Convento São Francisco. E é possível o público criar o seu próprio remix. O mobiliário sonoro, designado de MS02 vai permitir ao público encontrar, em cada uma das suas gavetas, sons das paisagens de Coimbra. “Vai permitir que seja manuseado e que o público crie as suas paisagens sonoras a partir do móvel”, afirmou o presidente da direção do JACC – Jazz ao Centro Clube, José Miguel Pereira.

 

A instalação sonora MS02 estará disponível ao público no Convento São Francisco, a partir de quarta-feira e até dia 18, no âmbito a 7.ª edição do Dar a Ouvir, que este ano se intitula Remix Coimbra. Uma edição com um carater especial por “assinalar o 10.º aniversário do Arquivo Sonoro do Centro Histórico de Coimbra (ASCHC), um projeto que nasceu em 2013, pouco tempo depois do Jazz ao Centro Clube ter mudado para o Salão Brazil”, avança José Miguel Pereira.

 

“Nós fizemos um convite ao paisagista sonoro Luís Antero, para que iniciasse connosco o projeto do arquivo sonoro e a ideia era estabelecer conexões com o território e com as comunidades do centro histórico de Coimbra, onde nós estávamos. Este arquivo sonoro antecipou um pouco o que depois se veio a constituir como Serviço Educativo do Jazz ao Centro Clube”, recordou. A partir de 2016, o arquivo sonoro passou a ter um mobiliário sonoro, fruto de uma parceria com o Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra, “permitindo uma interação com o público que, no ano seguinte, deu origem ao Dar a Ouvir”. “É por isso que uma parte significativa do Dar a Ouvir é dedicada ao arquivo sonoro. Por outro lado, convidámos três artistas sonoros, a Joana de Sá, a Sara Pinheiro e o António Ramires, para remisturarem o arquivo sonoro”, referiu.

 

José Miguel Pereira explicou, ainda, que estes artistas sonoros pegaram no material do arquivo, “com gravações de campo feitas em vários locais da cidade de Coimbra, e, a partir da sua prática artística sonora, construíram três espetáculos”. “São estes três espetáculos que nos serão apresentados, em que usam esse material do arquivo e criam concertos através dele. Este é o centro do Dar a Ouvir, a que chamamos, por isso, Remix Coimbra”, indicou.

 

Quase todo o programa desta 7.ª edição do Dar a Ouvir decorre no Convento de São Francisco, na margem esquerda do rio Mondego, com exceção do último dia, 18 de julho, que acontece no Salão Brazil, para celebrar o Dia Mundial da Escuta. O Convento São Francisco acolhe ainda “uma peça muito importante”, que se divide em três atividades: uma instalação, um concerto e uma oficina, no âmbito do projeto CasaFloresta, um veículo de pesquisa, reflexão e criação artística em torno da floresta no Parque Natural da Serra da Estrela e sua envolvente, concebido por Joana Sá, Luís J. Martins, Corinna Lawrenz e Nik Völker.

 

“Dar a Ouvir. Paisagens Sonoras da Cidade” é um projeto desenvolvido pelo Serviço Educativo do Jazz ao Centro, em coorganização com a Câmara Municipal de Coimbra.

 

LUSA/CM de Coimbra

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