No âmbito do protocolo de colaboração, o Município de Coimbra vai ceder à associação Herança do Passado, em regime de comodato, um edifício na rua Direita, com uma área de cerca de 86m2, que tem também um acesso pela rua Arco do Ivo. O prédio, que ocupa o rés-do-chão dos números 100-102 da rua Direita e o rés-do-chão dos números 1-3 da rua Arco do Ivo, será utilizado para a instalação de um espaço de atividades destinado à exposição, divulgação, dinamização e valorização da Tecelagem de Almalaguês.
Está previsto que o edifício, cedido pela autarquia, vá dispor de um tear ao vivo para experienciar a tecelagem, acolha exposições e seja possível, ainda, a comercialização dos trabalhos resultantes do saber fazer desta tradição. No local, haverá também oficinas de experiência e divulgação de trabalhos que poderão ser apreciados por todos. O espaço vai estar aberto ao público diariamente.
O protocolo entre a CM de Coimbra e a Herança do Passado prevê, ainda, que a autarquia realize obras no edifício antes da cedência. Até estas estarem concluídas, a associação, com sede em Anaguéis, na freguesia de Almalaguês, poderá ocupar um outro prédio municipal nas proximidades das futuras instalações, mais precisamente no rés-do-chão esquerdo dos números 108-110 da rua Direita.
A atividade desempenhada pela Herança do Passado “encerra em si um enorme potencial como atividade económica, não só porque à mesma estão associadas muitas mulheres da zona rural do concelho, mas também, e porque ao falar-se da Tecelagem de Almalaguês estamos perante a história e um património com um enorme valor em termos da identidade da região, em termos turísticos”, refere a informação dos serviços municipais que foi analisada na reunião de segunda-feira, dando nota do dinamismo desta associação que tem criado e produzido, ao longo dos anos, novos produtos, tais como alpercatas, chinelos de pano, sapatilhas, casacos e coletes.
“A associação tem trabalhado de forma contínua, organizando cursos, ações de formação, workshops e exposições dando a conhecer a sua atividade não só no concelho, mas também fora dele, tendo assim um papel importante na divulgação do património imaterial da Região de Coimbra, mantendo vivas as tradições que constituem a nossa identidade enquanto povo”, pode ler-se na proposta de protocolo.