A artista e compositora Ana Lua Caiano presta uma homenagem à cultura tradicional e popular portuguesa na abertura do Festival Caminhos 2023, numa performance com o cinema patrimonial e a região Centro em fundo. Os bilhetes já estão disponíveis para compra online em https://www.caminhos.info/produto/cine-performance-ana-lua-caiano-sessao-deabertuda-caminhos29/. O preço, tabelado, varia entre 6 euros (bilhete normal) e 4,50 euros (bilhete reduzido).
Um início de festival que proporcionará ao expectador uma experiência visual e sonora que transcende o convencional, explorando a fusão musical através da junção da música tradicional portuguesa com música eletrónica e “sons do dia-a-dia”, em simultâneo com a projeção de quatro recuperações cinematográficas em formato de curta documental e cinema doméstico, que exploram a comunidade e costumes regionais, reconstruindo a localidade e as pessoas, acompanhando as suas raízes populares na região centro-sul do país, nos anos 20 e 30.
A projeção dos filmes tem o apoio do FILMar, projeto da Cinemateca Portuguesa, no âmbito do mecanismo de financiamento EEAGrants. O primeiro intitula-se “Os Toiros Na Faina Agrícola Ribatejana”, um filme de Adolfo Coelho, datado de 1939, que documenta aspetos do aproveitamento do touro num ambiente de união harmoniosa entre a faina e a cultura agrícola ribatejana. Segue-se o documentário “Figueira da Foz, Rainha das Praias Portuguesas”, de 1930, da autoria de Manuel Santos. É uma digitalização no âmbito do projeto “FILMar: Digitalização do património cinematográfico” e documenta a vida e essência da Figueira da Foz nos anos 30, fazendo menção às celebrações religiosas e tradicionais características, pontos de referência e confraternização no areal da Figueira da Foz.
O terceiro filme é a curta-metragem documental “Adriano Ramos Pinto – Vinho do Porto”, de 1937, que explora a perspetiva publicitária, a produção e a história do famoso vinho do Porto “Adriano Ramos Pinto”, retratando a exportação da bebida. Por último, “S. Miguel, 1924 – Um Filme De Família”, de 1924, também no âmbito do projeto “FILMar: Digitalização do património cinematográfico”, explora as imagens captadas por Charles Mallet de um dia em casa de uma família em S. Miguel.