A Carta Educativa de Coimbra, que evita o encerramento de quaisquer escolas, voltou a ser analisada e aprovada em sede de reunião de Câmara, após aprovação por parte das entidades competentes da Tutela. De facto, após resposta às solicitações e sugestões, que passaram sobretudo por enriquecer ainda mais o documento com dados do ensino particular e cooperativo, do ensino profissional, do pessoal docente e não docente e dos alunos com necessidades especiais, o documento está, agora, pronto para ser analisado, debatido e votado.
A alteração mais substancial é a referência ao previsível aumento do número de crianças e jovens nas UF de Taveiro, Ameal e Arzila e São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades, decorrentes da edificação da Quinta das Bicas, onde no segundo semestre de 2026 se espera que já estejam a residir cerca de 268 agregados familiares. Está, assim, prevista a preparação/adaptação/criação de novas valências na Escola Básica de Taveiro, que acolhe atualmente alunos dos 2º e 3º ciclos, podendo, caso haja necessidade, acolher crianças e jovens da educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico.
Importa referir que os principais pilares da política educativa municipal se mantêm: escolas de proximidade, escolas com melhores condições e construção de escolas onde são necessárias. Recorde-se que o documento contempla um investimento de mais de 116 milhões de euros (M€) até 2030 em equipamentos escolares, destacando-se as empreitadas que vão iniciar em 2025, nas escolas da Conchada, do Areeiro, de Eiras e na Eugénio de Castro.
Relembre-se que a Carta Educativa propõe ainda a criação de novas escolas nas duas centralidades principais de crescimento demográfico e habitacional da cidade: na Portela e na Quinta das Nogueiras, com as valências de pré-escolar e do 1º ciclo do Ensino Básico. É também neste contexto que é proposta a ampliação da escola EB de Santa Apolónia e do Jardim de Infância da Solum Sul; a requalificação das EB de Eiras e da Conchada; e a inovadora criação de uma creche municipal, reconhecendo a falta de respostas para as jovens famílias com crianças entre os três meses e os três anos.
Recorde-se, por último, que o documento apresentado, vasto e completo, elaborado por uma equipa da Universidade de Coimbra em cooperação com a Divisão de Educação da Câmara Municipal de Coimbra, percorre desde a localização e organização espacial dos edifícios e dos equipamentos escolares até ao diagnóstico estratégico, às projeções da população escolar e à proposta de intervenção relativamente à rede pública. É ainda resultado de reuniões de trabalho com profissionais da educação, comunidades educativas, juntas e uniões de freguesias e partidos políticos com assento na Assembleia Municipal.