A autarquia apresentou hoje a versão final da EMI, um documento orientador desenvolvido pelo Centro de Inteligência de Coimbra do Departamento de Tecnologias de Informação e Inovação Digital, com o apoio da Sociedade Portuguesa da Inovação (SPI).
Na apresentação do documento, que decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal, José Manuel Silva considerou que é preciso afirmar Coimbra “pela inovação”, alegando que o município é “pequeno e tendencialmente conservador”, mas possui das instituições “mais inovadoras do país”, como a Universidade, o Politécnico ou o Instituto Pedro Nunes.
“Este documento hoje apresentado não é apenas um plano da Câmara Municipal, é o resultado de um compromisso coletivo, amplamente participado, colaborativo, que foi desenvolvido ao longo dos últimos meses e que envolveu os cidadãos, as empresas, a universidade e as instituições locais”, destacou, por sua vez, o vice-presidente da Câmara e responsável pelo pelouro da inovação, Francisco Veiga.
Já a chefe do Centro de Inteligência de Coimbra e gestora deste projeto, Rita Fernandes, salientou o esforço colaborativo entre a autarquia e diferentes setores da sociedade na iniciativa. Após ouvir os cidadãos, analisar os desafios e identificar “oportunidade estratégicas para consolidar Coimbra como um território de excelência na valorização do conhecimento e da inovação”, foi traçada “uma visão clara” para o concelho, “que é ser uma referência nacional e internacional na inovação até 2030”, explicou. “Com os contributos recolhidos ao longo do trabalho colaborativo e de cocriação com a comunidade e as entidades consultadas” foi delineado um plano de ação, com medidas prioritárias.
A consultora da SPI, Susana Loureiro, informou que foram definidas dez ações âncora, como a digitalização e a qualificação dos serviços municipais, trabalhar as arenas de inovação nas escolas e a candidatura de Coimbra à Capital Europeia da Inovação. Para a SPI, neste momento, estão reunidas as condições para se poder avançar, “a muito curto prazo”, para esta candidatura.
Ações no ‘marketing’ territorial e na comunicação externa, a reabilitação urbana e qualificação do ambiente urbano, a criação de um “‘Hub’ Criativo de Coimbra’”, o acolhimento empresarial e a atração de investimento, assim como a via verde para o investimento, são outras das medidas propostas. A execução destas ações, que incluem ainda o reforço da conectividade digital e a investigação e desenvolvimento no domínio da ação climática, devem envolver todas as entidades, esclareceu.
A EMI será ainda apresentada em reunião da Câmara Municipal e disponibilizada para consulta pública durante 15 dias.
LUSA/ CM de Coimbra
Créditos fotográficos: Câmara Municipal de Coimbra | Nuno Ávila