De forma participada, foi elaborado o Diagnóstico Social do Concelho de Coimbra – 2024. Os grupos de trabalho do CLAS/C identificaram nove áreas prioritárias: Capacitação Social e Familiar; Habitação; Emprego e Formação Profissional; Crianças e Jovens; Pessoas Idosas; Pessoas com Deficiência; Pessoas Migrantes; Pessoas em Situação de Sem Abrigo, Saúde. De igual modo, identificaram-se as necessidades, diagnosticaram-se os problemas, encontraram-se potencialidades, recursos e capacidade de resposta dos atores locais.
“O planeamento na ação social é fundamental para garantir que as políticas sociais são eficazes. E só um diagnóstico aprofundado permite uma abordagem organizada e estratégica, que maximize os recursos disponíveis, otimizando os resultados. Estes documentos de planeamento, apresentados hoje, resultam de um excelente trabalho realizado pela equipa do Projeto Radar Social, pelo Núcleo Executivo do CLAS/C e pela Divisão de Ação Social, que coordenou os grupos de trabalho da Rede Social”, explicou a vereadora. “Estes instrumentos vão orientar e fortalecer a atuação da Rede Social de Coimbra, promovendo, cada vez mais, a coesão e o bem-estar da comunidade”, concluiu Ana Cortez Vaz.
Na sequência do Diagnóstico, foi desenvolvido o Plano de Desenvolvimento Social 2024-2028, documento estratégico que tem como principal objetivo, traçar diretrizes claras para a intervenção social num alargado horizonte temporal. Os grupos de trabalho do CLAS/C, analisaram e discutiram os problemas identificados em cada uma das 9 áreas temáticas citadas, convertendo-as em Eixos de Intervenção Prioritários, que com uma atuação direcionada, persistente e eficaz, farão de Coimbra um concelho mais justo, equitativo e coeso territorial e socialmente.
Destinado à ação em 2025, foi apresentado, por fim, o Plano de Ação Rede Social 2025, assente nos mesmos nove eixos, identificando as ações concretas de curto prazo a serem desenvolvidas já em 2025 pelo conjunto de parceiros, direcionadas às prioridades identificadas. O objetivo é responder de maneira eficaz aos desafios atuais, alcançar as metas estabelecidas, envolver os parceiros e partilhar informação.
A implementação do Radar Social; o projeto Reverter, para combate à pobreza energética dos edifícios habitacionais; a concretização de ações de formação e de procura de emprego; a criação do Núcleo Local de Garantia para a Infância; a elaboração do Plano Municipal de Envelhecimento Ativo, Participativo e Saudável; a criação da Carta de Princípios para as Acessibilidades Culturais; a capacitação dos técnicos que trabalham com pessoas migrantes, sobretudo para mitigar a barreira linguística; o reforço do trabalho do NPISA Coimbra e a elaboração do Guia de Recursos de Saúde são as ações emblemáticas para cada um dos eixos.
A metodologia utilizada, indutora de integração, e o comprometimento de todos os envolvidos tem sido encarada como a mais adequada, visto que mobiliza uma panóplia de atores sociais locais e representantes de diversos setores de atuação, permitindo uma análise multidisciplinar dos problemas, um maior envolvimento, participação e colaboração dos parceiros do CLAS/C e a afetação de uma quantidade e diversidade de recursos humanos, materiais e financeiros necessários à execução eficaz das diversas ações propostas.
À semelhança do Diagnóstico Social e do Plano de Desenvolvimento Social, o Plano de Ação é dinâmico e, por isso, aberto a novos projetos, atividades, ações, bem como estratégias, metodologias e parcerias, que se enquadrem nos objetivos traçados.
Importa ainda sublinhar, por fim, que estes documentos foram apresentados e votados no último Conselho Local de Ação Social, que decorreu no dia 19 de dezembro de 2024.