A CM de Coimbra, no âmbito do trabalho da Divisão de Habitação Social, tem vindo a acelerar o ritmo de prestação de respostas aos munícipes em situação de carência habitacional. Foi crescendo, ano após ano, o número de pedidos de habitação, a análise de processos e o número de realojamentos no regime de arrendamento apoiado. Em simultâneo, decorre um trabalho sem precedentes de reabilitação de bairros sociais, nomeadamente nos bairros do Ingote, Celas, Rosa e Fonte do Castanheiro, e de construção de novo edificado, como a Quinta das Bicas, destinada a melhorar, num futuro próximo, as condições de habitação no concelho.
O número de munícipes que requerem apoio em habitação aumentou de 87, em 2020, para 236, em 2024, facto que reflete as dificuldades crescentes sentidas com os custos habitacionais. O número crescente de munícipes habitacionalmente carenciados reflete outros problemas sociais como o aumento de número de famílias monoparentais, com grande prevalência de mulheres com filhos menores, os casos de violência doméstica, as situações de deficiência ou doença incapacitante para o trabalho e, ainda, situações de precaridade laboral, de isolamento de cidadãos mais idosos e de dificuldades de inclusão de famílias migrantes ou refugiadas.
O motivo mais apontado como decisivo para se recorrer à habitação municipal é o elevado valor das rendas do mercado privado, que se traduz numa dificuldade manifestada pelas famílias, verificando-se em muitos casos rendas em dívida e processos de ações de despejo. Atualmente, mais de 650 famílias encontram-se a aguardar uma solução habitacional que melhore as suas condições de vida, em particular devido a um desfasamento crescente entre os rendimentos das famílias e o custo das habitações no mercado privado, cujo ritmo de subida não tem parado de aumentar. Mais de dois terços dos agregados familiares que solicitam auxílio têm um rendimento mensal inferior a 500 euros.
O trabalho da Câmara Municipal tem permitido solucionar mais situações de carência habitacional. Em 2020, foram realojadas 29 famílias, número que cresceu para 72 em 2024.
O conhecido problema habitacional no país apresenta desafios que urge enfrentar para melhorar as condições de vida de um número crescente de munícipes. As respostas passam por um maior investimento na reabilitação e construção de novas habitações (decorrem empreitadas para reabilitação de 164 fogos e construção de 269 novas habitações), que vão permitir, certamente, melhorar as condições de vida e o conforto habitacional.
“É desígnio do Município trabalhar para melhorar as condições de vida dos munícipes, sobretudo os que apresentam carência habitacional”, considera a vereadora com o pelouro da Habitação. “No ano de 2024 foram realojadas 72 famílias, em 2025, temos o propósito de aumentar este número, tendo sempre presente que cada número que aqui apresentamos nos estamos a referir a pessoas e a famílias”, conclui Ana Cortez Vaz.