O programa “Nunes Pereira – Do nascimento ao (re)nascimento” foi apresentado a 3 de dezembro, no Seminário Maior de Coimbra, e pretende mobilizar escolas, museus, artistas, associações e comunidades locais para redescobrir a obra de Augusto Nunes Pereira — padre, artista, ilustrador e pensador, com presença marcante em vários pontos da Região Centro. A iniciativa decorre até 9 de dezembro de 2026.
A comissão executiva é constituída pelo Seminário Maior de Coimbra, pelo Museu Nacional de Machado de Castro — responsável pela coordenação geral — e pelos municípios da Pampilhosa da Serra, Arganil, Góis, Lousã, Coimbra, Montemor-o-Velho e Cantanhede.
Coimbra financia monumento e reforça memória no espaço público
A CM de Coimbra associa-se às comemorações com a inauguração de um conjunto escultórico dedicado a Monsenhor Nunes Pereira, na Solum. O monumento é financiado pela autarquia, num investimento de cerca de 20 mil euros, e pretende afirmar a memória do artista no espaço público, reforçando a ligação à cidade onde viveu e trabalhou durante décadas.
Exposições, colóquios e atividades até dezembro de 2026
O programa inclui exposições, colóquios, atividades educativas, teatro, música, poesia, intervenções artísticas em espaço público e publicações inéditas, com uma abordagem intergeracional à obra do homenageado.
A programação começa a 10 de janeiro de 2026, com a exposição temporária “Nunes Pereira e o traço”, na Oficina-Museu do Seminário de Coimbra. Em fevereiro, além da inauguração do monumento na Solum, está prevista a apresentação do espetáculo de teatro infantil “Todos ao monte e fé em Deus”, dirigido ao público escolar de vários concelhos.
A 21 de março, Montemor-o-Velho recebe a apresentação do livro “Da Terra e do Céu” e um recital de poesia. Ao longo de 2026, prosseguem exposições em espaços museológicos e patrimoniais dos municípios parceiros e iniciativas como o “Jantar de Experiência – A Ceia: Hodart e Nunes Pereira”, que cruza gastronomia, arte e memória.
Entre os momentos de maior destaque, está a criação de um mural monumental na Igreja da Ponte de Sótão (Góis), com a técnica de azulejo partido, integrando elementos arquitetónicos, vitrais e símbolos do universo estético do artista. A 7 de novembro de 2026, o Teatro Municipal da Lousã acolhe o colóquio científico “Ecologia, Arte e Contemporaneidade na Obra de Nunes Pereira”.
Encerramento em dezembro de 2026
As comemorações culminam a 9 de dezembro de 2026, com a inauguração de uma exposição de “Instantâneos” — desenhos rápidos que Nunes Pereira oferecia a pessoas anónimas, revelando uma vertente mais íntima e quotidiana da sua criação. O calendário detalhado das atividades será divulgado ao longo de 2026.