O trabalho “A Água das Catacumbas de Coimbra” aborda o património hidráulico subterrâneo da cidade, a partir da descoberta recente de uma galeria nas obras da Escola Secundária José Falcão, e foi o único submetido a concurso nesta edição, sob pseudónimo de Fernanda Mondego. A proposta do júri, reunido a 30 de outubro, foi aprovada por unanimidade.

O Prémio, no valor de 3.000 euros, será entregue a 14 de dezembro, em cerimónia evocativa do centenário do nascimento de Adriano Mário da Cunha Lucas (1925–2011), jornalista, empresário e fundador de diversas publicações periódicas, entre as quais o Diário de Coimbra, de que é diretor in memoriam desde 2011.

A reportagem vencedora propõe uma viagem pela rede milenar de captação, condução e distribuição de água da cidade de Coimbra, revelando a sua dimensão, história e potencial de valorização futura. O trabalho será publicado no Diário de Coimbra, parceiro da iniciativa, a par da Universidade de Coimbra e da Câmara Municipal.

Com nove edições anteriores entre 2011 e 2019, o Prémio de Jornalismo Adriano Lucas foi retomado em 2025 com novo regulamento, um período de candidaturas alargado e o dobro do valor pecuniário atribuído, procurando estimular o jornalismo de qualidade e incentivar o tratamento jornalístico de temas relacionados com Coimbra e a região das Beiras.

Rafael Vieira, natural de Coimbra, é arquiteto de formação, mestre em Reabilitação de Edifícios e doutorando em Sociologia – Cidades e Culturas Urbanas. Conta com vários prémios na área do jornalismo, tendo colaborado com a revista Coimbra Coolectiva, e é autor de projetos de valorização do património urbano local, como Tipos de Coimbra e Coimbrastreetart.