No dia em que foram consignadas duas importantes obras ansiadas pela região há muitos anos, Manuel Machado garantiu que “a partir de hoje podem acreditar”. “Gostaria e tenho pena de não termos conseguido concretizá-la mais cedo, mas está a concretizar-se hoje”, referiu ainda o presidente da CM Coimbra, destacando a capacidade de “resiliência” de todos os autarcas envolvidos no processo.
Destacando a importância da obra, o autarca sublinhou que, sem esta intervenção da Via Central, “nunca seria possível viabilizar” o SMM. Esta é uma “linha estruturante e essencial de acesso aos nossos hospitais, à zona mais densamente povoada da nossa cidade e, portanto, estamos a dar um passo notável”, sublinhou Manuel Machado
Perante o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, que presidiu à cerimónia, o autarca manifestou ainda a intenção de, a seu tempo, expandir as linhas de Metrobus a concelhos vizinhos, como Condeixa-a-Nova. “Com esta realização, quando os veículos elétricos (que está convencionado adquirirem-se o mais depressa possível) começarem a transportar passageiros, Coimbra terá um braço armado de transportes coletivos, com experiência e capacidade, profissionalismo, segurança, qualidade, e tornará possível a expansão do Sistema de Mobilidade para outros territórios”, assegurou Manuel Machado, acrescentando que a política pública da sua autarquia “passa por servir os que precisam de viver ou trabalhar em Coimbra ou nos territórios circunvizinhos, nos municípios de proximidade”.
A empreitada de abertura do canal de Metrobus na Baixa de Coimbra vai ligar a frente do rio Mondego à Rua da Sofia, através da Via Central, permitindo a execução da Linha do Hospital do SMM. Trata-se de um investimento de 3,5 milhões de euros, com um prazo de execução de 23 meses, que integra a reconstrução de vários imóveis e a construção do edifício-ponte, da autoria do arquiteto Gonçalo Byrne. Esta linha fará a ligação da zona da Baixa de Coimbra e do Ramal da Lousã à zona de Celas, onde se localizam os Hospitais da Universidade de Coimbra, IPO, Hospital Pediátrico, e as Faculdades de Medicina e Farmácia.
Antes, o ministro das Infraestruturas e da Habitação tinha também presidido à sessão de consignação da empreitada de adaptação do Ramal da Lousã (desativado há 10 anos) à circulação de veículos do tipo Metrobus, entre aquela localidade e o Alto de São João (Coimbra), numa extensão de 30 quilómetros. A obra foi consignada por 23,7 milhões de euros, com um prazo de execução de 15 meses. Pedro Nuno Santos considerou que este é “um passo estruturante para Coimbra e para a mobilidade dentro da cidade, mas também de toda a região”. “O ato de consignação é mesmo o último ato, onde o Estado participa mais diretamente: nós entregamos a responsabilidade da obra ao empreiteiro que ganhou o concurso. E é por isso que o senhor presidente da Câmara Municipal de Coimbra dizia que este era o ‘pontapé de saída’ para uma obra da máxima importância” referiu.
Pedro Nuno Santos pediu, ainda, desculpa aos cidadãos da região. “O Estado ficou a dever às populações desta região durante demasiados anos. Há um pedido de desculpas que é devido. Se este investimento fosse em Lisboa ou no Porto, não tínhamos demorado tanto tempo. E é importante que nós, com frontalidade e transparência, assumamos que aquilo que estamos a fazer é justiça e respeito para com o povo, concluiu.
A Linha do Hospital do Sistema de Mobilidade do Mondego, em que esta empreitada se insere, faz a ligação da zona da Baixa de Coimbra e da Linha da Lousã à zona de Celas, onde se localiza um importante complexo de saúde (CHUC, IPO, Hospital Pediátrico), duas Faculdades (Medicina e Farmácia), bem como vários Institutos de Investigação e outros equipamentos de importância estratégica para a cidade e para a região.
Já a Linha Alto de São João – Serpins será a adaptação do Ramal da Lousã (desativado há 10 anos) à circulação de veículos do tipo Metrobus. Terá uma extensão de 30 km, ligará a Lousã a Coimbra e foi consignada por 27,3 milhões de euros, com um prazo de execução de 15 meses.
A cerimónia contou ainda com a presença do secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, do presidente do Conselho de Administração das Infraestruturas de Portugal, IP, António Laranjo, e de vários vereadores e presidentes de Câmara da região, bem como outros autarcas e forças vivas do concelho e da região.
CM Coimbra / LUSA