Manuel Machado escolheu o Dia da Cidade para se dirigir aos cidadãos e fazer um balanço do estado do Município de Coimbra. O presidente da CM Coimbra deixou claro que a boa saúde financeira da autarquia, fruto de uma “gestão responsável, rigorosa e bem delineada”, possibilita o investimento que está ser realizado “na ação social, no estímulo ao investimento empresarial, na reabilitação urbana, na mobilidade no concelho e na redução do preço dos passes, na eficiência energética e na qualidade de vida dos cidadãos, na qualidade da oferta cultural e da oferta desportiva”.
Manuel Machado traçou um esboço do que está a ser feito, desde a política de incentivos fiscais para a reabilitação da zona histórica, à requalificação de ruas da Alta – em breve será o Largo da Sé Velha e o Quebra-Costas a serem requalificados, à intervenção no Mercado Municipal D. Pedro V – que vai passar a ter, entre outra valias, uma zona de restauração -, à valorização das margens do Rio Mondego – da Av. João das Regras à Praça das Cortes, da requalificação das “docas” à margem direita do rio, entre as pontes de Santa Clara e Açude. “Uma coisa quero deixar clara: podem querer ver as obras concluídas tanto quanto eu, mas não querem, certamente, mais do que eu”, salientou Manuel Machado.
O edil lembrou, ainda, que “a política deste executivo não se esgota, de todo, nas obras que temos em curso ou projetadas”. E referiu que, no ano passado, a CM Coimbra destinou 47% dos seus custos para funções sociais, com especial destaque para o investimento no apoio às famílias e na Ação Social e Transportes Escolares, garantindo a igualdade no acesso à educação, suavizando orçamentos familiares, estimulando a natalidade e a fixação de pessoas no concelho”. “E se no ano letivo 2018/2019, estes apoios foram superiores a 5 milhões de euros, no próximo ano letivo serão investidos cerca de 7 milhões de euros”, avançou.
Manuel Machado destacou ainda a importância da premissa “bem-estar”, considerando que “bem-estar” é “desporto para todos com igualdade no acesso a boas infraestruturas desportivas” e “é também cultura e animação local”, dando como exemplos a qualidade das infraestruturas desportivas que foram reabilitadas com o apoio da autarquia, em vários locais do concelho, e a programação do Convento São Francisco e a oferta cultural da cidade. Manuel Machado considerou ainda que “bem-estar é participação cívica e governação”, numa referência ao Orçamento Participativo, “é transportes e ambiente”, referindo-se ao investimento em autocarros 100% elétricos, ao Sistema de Mobilidade do Mondego – que tem tido alguns avanços animadores -, e ao Aeroporto. “Continuamos a trabalhar, com rigor, para a criação de um aeroporto que sirva a região, criando uma alternativa de qualidade à oferta hoje existente e insuficiente no resto do país. É um sonho do qual não desistimos, pois apesar de todas as críticas – que respeitamos, mas que consideramos que só prejudicam Coimbra – entendemos que este é um projeto fundamental para o desenvolvimento harmonioso da cidade, da região e do país nas próximas décadas”, defendeu Manuel Machado.
E, por fim, salientou que bem-estar “é também saúde”, aproveitando para salientar a importância da nova maternidade de Coimbra, que deve ser instalada no perímetro do Hospital dos Covões. “Neste capítulo, saudamos com interesse a atenção que o Governo dedicou à nossa posição e aos nossos argumentos, bem como à abertura que mostrou ao decidir estudar os prós e os contras da solução avançada”, destacou o autarca.
Para finalizar Manuel Machado destacou que “com a assunção das competências que a descentralização nos permite exercer, daremos outro passo importante na qualidade dos serviços públicos que são prestados na nossa cidade e no nosso concelho”.
Assista à intervenção do presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado:
Deputados municipais também discursaram
O líder da bancada socialista na Assembleia Municipal de Coimbra, Ferreira da Silva, salientou que “a realidade é que com a governação do PS e do Dr. Manuel Machado, está praticamente concluída a abertura da Via Central, o projeto do Metrobus está em vias de lançamento das obras no terreno, o turismo está pujante, a possibilidade de voos em companhias low cost está em estudo, o desassoreamento do Rio Mondego foi concluído, a estabilização das margens está em execução”. Ferreira da Silva elogiou ainda a aprovação da descentralização de competências da Administração Local para as autarquias. “E se formos à rua, vemos que Coimbra está bonita, animada e vai feliz. (…) A cidade está viva e em festa!”, concluiu.
Já o social-democrata Francisco Rodeiro quis “dar tréguas ao combate político à maioria legitimamente instalada” e decidiu contar a história da sua chegada a Coimbra, em setembro de 1969, fazendo uma analogia entre o estado em que a cidade se encontrava na época e o estado em que se encontra agora. Francisco Rodeiro referiu-se à reabilitação do Liceu José Falcão, que não arranca, da Baixa e da Alta, que considerou “deprimente”, da obra do novo Palácio da Justiça e da prometida requalificação da Estação Velha, deixando, todavia, uma palavra de “esperança” de que tudo ainda se concretize no atual mandato de Manuel Machado.
Já a deputada municipal pelo movimento Somos Coimbra, Filomena Girão, lembrou que o dia é de celebração da padroeira da cidade, Rainha Santa Isabel, e recordou o milagre das Rosas, “um milagre mais do que bonito, exemplar, pois representa a preocupação com os mais necessitados, a solidariedade de uma mulher poderosa com aqueles que dela precisavam”. A deputada municipal defendeu que é preciso “construir pontes que ajudem Coimbra a crescer e a afirmar a sua centralidade”, com a colaboração de todos, com absoluta responsabilidade.
A Rainha Santa Isabel serviu também de mote ao discurso de Ana Manuel Martins, do CDS, que destacou a importância das famílias, “pois é a elas que tudo devemos e nelas que nos devemos focar”, realçando que elas “merecem uma cidade dinâmica, capaz e que se reinvente”. Ana Martins reclamou “melhores infraestruturas, melhor educação, melhores serviços e acessos à Saúde e incentivos à natalidade, uma cidade jovem que se afirme, que crie condições para a prossecução dos sonhos fixados na tradição do amor e do orgulho de Coimbra”.
Já o discurso de Graça Simões, do movimento Cidadãos por Coimbra, foi centralizado na importância da cidadania. A deputada municipal defendeu uma mudança de modos e métodos de governação e uma atitude interessada, por parte dos órgãos autárquicos, em ouvir os cidadãos, “mesmo quando incomodam”, pois, só assim, considerou, será possível “qualificar a nossa cidade e o nosso concelho”.