18 Agosto 2020

Requalificação da margem direita do Mondego arranca hoje

Requalificação da margem direita do Mondego arranca hoje

A empreitada de requalificação do espaço público na margem direita do rio Mondego, entre a Ponte de Santa Clara e o Açude-Ponte de Coimbra, foi consignada, esta tarde, à empresa Alberto Couto Alves, S.A., que venceu o concurso público. Esta empreitada representa um investimento de cerca de 10M€ e é “muitíssimo importante porque integra um projeto estratégico para Coimbra que é conseguir casar as margens do rio e evidenciar o quanto gostamos, respeitamos e valorizamos o rio”, salientou o presidente da CM Coimbra, Manuel Machado, na sessão pública que decorreu no local onde se vai realizar a obra.

Arranca hoje mais uma obra na zona ribeirinha de Coimbra, esta que prevê a execução dos muros de contenção na margem direita do Mondego e a requalificação das avenidas Cidade de Aeminium e Emídio Navarro nas faixas confinantes com o rio, incluindo trabalhos de terraplenagem e pavimentação, a reformulação das redes de saneamento, eletricidade e iluminação pública e a execução de trabalhos de sinalização rodoviária e de integração paisagística. O projeto de arquitetura prevê também a definição de zonas de estar mais amplas, destinadas aos peões, e de relação com o plano de água – nomeadamente a reformulação das atuais rampas de acesso ao rio –, bem como a criação de zonas verdes, com coberto arbóreo.

 

“Esta obra é muitíssimo importante porque integra um projeto estratégico para Coimbra que é – volvido este tempo todo, com o encanamento do rio, afastamento da cidade e das pessoas do rio – conseguir casar as margens do rio e evidenciar o quanto gostamos, respeitamos e valorizamos o rio. E essa é melhor riqueza para a nossa cidade”, afirmou o presidente da CM Coimbra, durante a consignação da obra, que decorreu esta tarde, no local que será intervencionado. “Apesar das dificuldades e dos contratempos, das coisas menos felizes que ocorreram, designadamente a falência de uma empresa, não desistimos”, acrescentou Manuel Machado, concluindo: “Estamos em pleno verão, muitos gostariam de estar de férias, mas temos estabelecido um conjunto de operações que têm de ser feitas o mais depressa possível (…), temos de realizar nesta reta final do Portugal 2020”.

 

Esta nova empreitada, lançada pela CM Coimbra no passado mês de novembro, surgiu depois da empresa que venceu o primeiro procedimento concursal não ter cumprido com os prazos contratualmente previstos, o que levou a autarquia a rescindir o contrato, tomar posse administrativa da obra e a aplicar sanções. No passado mês de março, o concurso ficou concluído e o júri propôs a adjudicação à empresa Alberto Couto Alves, S.A., tendo o executivo municipal aprovado a proposta e o contrato sido assinado a 13 de maio, estando desde então a aguardar luz verde por parte do Tribunal de Contas.

 

Esta intervenção tem um valor de 9.950.746,21 euros (IVA incluído), com um prazo de execução de 540 dias, tendo a obra comparticipação europeia de 85%, através do POSEUR, no âmbito do quadro comunitário de apoio Portugal 2020, assegurando o Município de Coimbra a contrapartida nacional (15%).

 

“Tivemos surpresas indesejáveis, mas não desistimos e tivemos a sorte do concurso público internacional, de valor significativo, ter sido tratado, o projeto aperfeiçoado, de modo a que, daqui a pouco tempo, possamos usufruir deste novo enquadramento do rio Mondego e da sua margem direita”, acrescentou Manuel Machado, desafiando – como já é habitual – a empresa a acelerar a execução da obra. “Estando a Câmara de Coimbra com boa saúde financeira, estamos prontos a assumir um desafio: mesmo com um valor significativo, se a empresa acelerar a execução, os autos de medição serão pagos antecipadamente. Se do vosso lado reagirem neste sentido, nós corresponderemos”, afirmou.

 

A autarquia prossegue, assim, com a estratégia de virar a cidade para o rio Mondego e de o colocar ao usufruto da população. Já concluídas estão várias empreitadas para fomentar a relação da cidade com a zona ribeirinha e para potenciar a valorização do rio Mondego, num investimento global superior a 26M€. Desde logo, o desassoreamento do leito do rio (4M€); a construção da nova ponte na Praia Fluvial de Palheiros e Zorro (580.000€); a nova ponte pedonal e ciclável sobre o Mondego, junto ao Açude-Ponte (647.000€); a requalificação da Praça das Cortes (421.000€); a intervenção na Av. João das Regras (361.000 euros); a conclusão do parque de estacionamento do Convento São Francisco (1,5M€); e a nova via de ligação da Fernão de Magalhães à Padre Estevão Cabral (517.000€), todas concluídas.

 

Em curso, ou em fase avançada dos procedimentos, estão a ampliação e requalificação dos edifícios de restauração do Parque Verde do Mondego, popularmente conhecidas como “docas” (1M€); a requalificação do Parque Manuel Braga, que já foi consignada (4,8M€); a requalificação do espaço público na margem direita do rio Mondego, entre a Ponte de Santa Clara e o Açude-Ponte de Coimbra, que vai agora avançar (10M€); e a ciclovia de Coimbra, que vai ligar Coimbra B ao Vale das Flores e à Portela, num percurso de quase 20km (2,2M€). No Rebolim, foi realizada a limpeza de vegetação, de lixeiras e de outros detritos sobrantes da antiga extração de areias, melhorados profundamente os acessos, criada uma área de estacionamento, instaladas infraestruturas elétricas, telecomunicações e rede de abastecimento de água, e limpo o amplo areal que em breve estará novamente à disposição da cidade.

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