12 Maio 2021

Câmara de Coimbra e Orquestra Clássica do Centro levam música às escolas e lares de idosos

Câmara de Coimbra e Orquestra Clássica do Centro levam música às escolas e lares de idosos

O executivo da Câmara Municipal (CM) de Coimbra aprovou, na sua reunião de segunda-feira, a atribuição de um apoio financeiro pontual no valor de 25 mil euros à Orquestra Clássica do Centro (OCC) para a concretização, neste ano de 2021, dos projetos educativos e sociais na área da música “A Orquestra vai à Escola” e “Na Música e na Vida Todos Contam”. Estes programas são dirigidos a crianças de jardins-de-infância e escolas do 1º ciclo do Ensino Básico (1º CEB) da rede pública e a idosos que frequentam ou habitam em Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do concelho.

A CM Coimbra promove, desde 2015, o Programa Municipal Socioeducativo, Cultural e Intergeracional junto de crianças e idosos do concelho, que se desenvolve em duas vertentes, a música e o teatro, e tem sido concretizado pela OCC e pelo O Teatrão, respetivamente.

 

Este ano, a OCC, além de dar continuidade ao trabalho que tem vindo a realizar, propõe-se a desenvolver atividades subordinadas ao tema “Memória e Construção do Futuro no Presente”, inseridas na parceria com o programa nacional “Nunca Esquecer”, com o objetivo de “preservar a memória do Holocausto, promover os direitos humanos, prevenir e combater todas as formas de discriminação, intolerância e desrespeito pela dignidade humana, incluindo o racismo, o antissemitismo, a xenofobia e a homofobia”. As atividades propostas cumprirão as normas de segurança das autoridades de saúde para o combate à pandemia COVID-19 e os planos de contingência dos estabelecimentos escolares e das IPSS.

 

Assim, no âmbito da atividade “A Orquestra vai à Escola”, a OCC pretende sensibilizar as crianças do 1º CEB da rede pública, a partir dos 8 anos, para a importância de valores como o respeito pelo outro e a tolerância. Para isso, a OCC vai recorrer à sua música erudita e a excertos do livro “Diário de Anne Frank”, que possam ser lidos e interpretados pelas crianças nas sessões e evento final. Estão previstas quatro sessões por cada escola, num total de nove estabelecimentos escolares. A programação poderá ter de vir a ser adaptada face à atual situação de pandemia. 

 

Já relativamente às IPSS, a OCC pretende apresentar a sua música nas instituições – no caso de não ser possível, será realizado com recurso a projeções e interações à distância – e promover a partilha de experiência e opiniões sobre o Holocausto. Esses contributos, que posteriormente serão transmitidos aos mais jovens e vice-versa, vão resultar numa exposição com trabalhos das escolas e das IPSS, numa atividade que se pretende intergeracional, com recurso aos meios digitais. Está prevista a participação de nove IPSS, selecionadas de acordo com a sua localização e critério de proximidade aos estabelecimentos escolares intervenientes, de modo a permitir a partilha desta ação entre eventuais familiares.

 

O Pavilhão Centro de Portugal vai, assim, acolher uma exposição dos trabalhos que foram elaborados nas sessões e a projeção dos depoimentos e leituras realizadas ao som da música erudita, que se pretende que simbolize a dor, mas também a esperança num mundo melhor, liberto de violência e injustiça. À semelhança dos anos anteriores, a OCC propõe, ainda, a apresentação de um espetáculo final no grande auditório do Convento São Francisco ou no auditório do Conservatório de Música de Coimbra, desde que esse seja exequível e que estão garantidas as condições de segurança necessárias face à situação de pandemia. Se tal não for possível, a OCC realizará uma gravação de um espetáculo, que difundirá por todas as escolas e IPSS.

 

A implementação do programa por parte da OCC representa um investimento de 25 mil euros da CM Coimbra.

 

[Fotografia de arquivo]

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