20 Outubro 2021

Novo serviço de obstetrícia e neonatalogia de Coimbra vai ser construído nos Hospitais da Universidade

Novo serviço de obstetrícia e neonatalogia de Coimbra vai ser construído nos Hospitais da Universidade

O novo serviço de obstetrícia e neonatalogia de Coimbra vai ser construído no polo dos Hospitais da Universidade, anunciou hoje o presidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Carlos Santos. O anúncio decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Coimbra, numa conferência conjunta com o novo presidente do município, José Manuel Silva, que tomou posse na segunda-feira.

O local “é, como não poderia deixar de ser” e como a administração do CHUC sempre defendeu, na “ligação física a uma unidade hospitalar que assegure o apoio perinatal altamente diferenciado e essa unidade são os HUC [Hospitais da Universidade de Coimbra]”, afirmou Carlos Santos, referindo que o novo serviço de obstetrícia e neonatalogia será construída numa zona de estacionamento.

 

A escolha da localização foi feita “por razões fundamentalmente técnicas e por razões fundamentalmente clínicas”, frisou, salientando que todos os pareceres defendiam a necessidade de que a sua construção fosse junto aos HUC, face à necessidade de garantir a segurança das grávidas. O concurso para o projeto de arquitetura será lançado ainda hoje e o presidente do CHUC espera que a maternidade possa ser inaugurada em dezembro de 2024.

 

A estimativa quanto ao custo de investimento será de 38 milhões de euros para a infraestrutura e 6,8 milhões de euros em equipamento, acrescentou. Segundo Carlos Santos, a decisão estava tomada pelo Ministério da Saúde desde 17 de agosto, mas o Governo e o CHUC decidiram aguardar pela tomada de posse do novo executivo para garantir “um alinhamento com o poder local”.

 

O presidente do CHUC realçou que a construção do novo serviço de obstetrícia e neonatalogia estará integrado numa aposta no descongestionamento do trânsito nos HUC e salientou que o Centro Hospitalar vai avançar com a requalificação de todo o parque de estacionamento, que vai permitir aumentar em 20% os lugares para estacionar, mas que passará a ser pago (apenas com período gratuito para tomada e largada de passageiros), de forma a desincentivar a utilização de viatura própria na deslocação para o hospital.

 

O plano tem também em conta o acesso do Metrobus aos HUC, assim como um aumento em 20% nas consultas realizadas nos Covões, que vai retirar em média mil pessoas por dia dos Hospitais da Universidade (a maternidade em picos deverá ter uma procura máxima de 400 a 500 pessoas por dia).

 

José Manuel Silva realçou que “é uma situação de emergência médica a construção da nova maternidade”, apoiando a decisão já comunicada à Câmara de Coimbra pelo Ministério da Saúde. “É preciso meter mãos à obra e lançar o concurso”, salientou, sublinhando que a construção do novo serviço estará integrada num “plano global de redefinição do trânsito e mobilidade do Hospital”.

 

Durante o anúncio, José Manuel Silva congratulou-se também com um aumento do ambulatório nos Covões, mas afirmou que vai ser encomendado um estudo, com o apoio do CHUC, para avaliar a fusão concretizada em 2011. “Queremos que, de uma vez por todas, o processo de fusão seja avaliado. Não só os resultados financeiros, como em termos clínicos e assistenciais”, notou. Considerando que caso o estudo demonstre que a fusão não foi positiva, a Câmara terá “mais capacidade de reivindicação em relação aos Covões”.

 

Questionado sobre a demora do anúncio da construção quando todos os pareceres já há muito indicavam a localização agora definida, José Manuel Silva realçou que a Câmara de Coimbra “não pode continuar a meter o pau na roda”. “O serviço já vem tarde. Não podemos atrasar nem mais um dia”, constatou, salientando que a responsabilidade dos atrasos “é de vários governos e de vários ministros da Saúde”.

 

Questionado sobre o facto de este não ser o primeiro anúncio da localização do novo serviço de obstetrícia e neonatalogia (aconteceu um semelhante em 2018, com outra administração do CHUC), Carlos Santos salientou que à data era presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra e que a sua parte do plano de investimentos na altura anunciado “está hoje a ser executado”. “Estou a par desse anúncio, mas essa ideia teve que ser abandonada por razões estruturais e técnicas, de engenharia”, esclareceu.

 

LUSA / CM Coimbra

 

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