12 Novembro 2021

Abate de oito árvores será compensado com plantação de 68 novas espécies na Rua General Humberto Delgado

Abate de oito árvores será compensado com plantação de 68 novas espécies na Rua General Humberto Delgado

A requalificação de passeios na Rua General Humberto Delgado, lote 4 da ampla empreitada de requalificação de caminhos pedonais de Celas à Arregaça, vai implicar o abate de oito árvores que apresentam debilidades fitossanitárias. Em compensação a empreitada prevê a plantação de 68 novas árvores na mesma rua. Em termos globais, nesta empreitada a CM Coimbra vai plantar 160 novas árvores.

Por cada exemplar abatido por razões de segurança ou fitossanitárias serão plantadas sete novas espécies na Solum, num total de 160 árvores, no âmbito da ampla empreitada de requalificação de caminhos pedonais em curso desde maio. São três sobreiros, azinheiras, olaias, lódãos, áceres, ulmeiros e jacarandás.

 

Por outro lado, na Rua General Humberto Delgado, em frente à Escola Secundária Avelar Brotero está prevista a remoção de seis exemplares de choupo de grande porte, a que se somam mais dois em frente ao edifício da PT.

 

Na avaliação efetuada pelos serviços técnicos especialistas verificou-se que três destas árvores apresentam evidências inequívocas de debilidades muito relevantes a nível fitossanitário, sendo evidente uma redução da sua vitalidade e compacidade da copa, grande parte dos ramos apresentam sinais de “die-back”, vários pontos de exsudações no tronco, havendo também registo da presença  de carpóforos no colo da base, que sendo o corpo frutífero de fungos, são bioindicadores de podridões internas, por conta de fungos lenhícolas (que se alimentam de lenho morto, decompondo-o), assim como debilidades estruturais, pela descompensação e desequilíbrio ao nível das copas, e por isso têm que ser inequivocamente removidas.

 

As restantes árvores, ainda que numa escala menos evidente, apresentam também debilidades fitossanitárias. Os serviços indicam que estas árvores seriam passíveis de serem mantidas, com as devidas reservas. Porém, as mesmas vão ainda sofrer um grande impacto com a obra, cuja área de intervenção é justamente na zona radicular, aumentando a probabilidade do agravamento do estado fitossanitário, a diminuição do vigor vegetativo, a predisposição para ataques de fungos e insetos, ao aparecimento de problemas estruturais e, consequentemente, o aumento do risco de rutura passível de provocar danos em pessoas e bens. São ainda consideradas árvores desadequadas para o local uma vez que têm uma grande expansão radicular e elevadíssimo porte.

 

“Caso se mantivessem, careceriam de uma monitorização constante durante a execução da empreitada, com vista a verificar se há alterações às situações atuais, e nos meses subsequentes à obra, de modo a serem tomadas as medidas consonantes à proteção de pessoas e bens”, pode ler-se na informação técnica dos serviços que vai estar disponibilizada no sítio web oficial do Município de Coimbra. Acresce o facto de que, caso as árvores venham a ter de ser abatidas após a conclusão da empreitada, devido ao aumento das debilidades, isso acarretaria danos alargados nos pavimentos entretanto reabilitados e ter de se voltar a realizar obras de arranjo de passeios e lancis na área em causa, com graves perturbações para a circulação pedonal local.

 

Refira-se que, com esta empreitada, a CM Coimbra pretende investir no total cerca de 2,5 milhões de euros na requalificação de caminhos pedonais de Celas à Arregaça.

 

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