Em declarações aos jornalistas, no final da reunião de Câmara, na qual foi aprovada, por unanimidade, uma proposta de protocolo de cooperação com o Estado de São Paulo e a Fundação Roberto Marinho, José Manuel Silva disse que, “até pela assinatura do acordo e do trabalho de programação, será uma das nossas prioridades, independentemente de ganharmos ou não a candidatura a Capital Europeia da Cultura”.
O autarca salientou que o local para a sua instalação ainda não está escolhido, mas admitiu que possa ser colocado no edifício da Estação Nova da cidade, que será desativada enquanto espaço ferroviário, com a entrada em funcionamento do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que prevê a circulação de um Metrobus, utilizando veículos elétricos a baterias, que irão operar no antigo ramal ferroviário da Lousã e na área urbana de Coimbra. “Também seria interessante este paralelismo com o Museu da Língua Portuguesa que, em São Paulo, está numa estação de comboios, ficar aqui também aqui o polo europeu numa estação ferroviária”. Segundo José Manuel Silva, “é uma boa hipótese e um bom paralelismo e complementaridade, mas está tudo em aberto”.
A instalação do polo europeu do Museu da Língua Portuguesa é, de acordo com o autarca, “um dos argumentos fortes da candidatura de Coimbra a Coimbra Capital Europeia da Cultura 2027”, que será defendida a 08 de março, na fase da pré-seleção.
A iniciativa empreendida pelo grupo de trabalho da candidatura de Coimbra “visa valorizar a diversidade da língua portuguesa, celebrá-la como elemento fundamental e fundador da cultura e aproximá-la dos falantes do idioma em todo o mundo”, de acordo com o município. A proposta de criação de um polo daquele museu, localizado na cidade brasileira de São Paulo, está prevista no plano de investimentos do livro da candidatura de Coimbra, numa intervenção que tem um custo previsto de cerca de seis milhões de euros.
LUSA /CM Coimbra