7 Março 2022

CM de Coimbra apresenta moção de apoio ao povo ucraniano

CM de Coimbra apresenta moção de apoio ao povo ucraniano

Na Reunião de Câmara de hoje, 07 de março, o Executivo Municipal aprovou por maioria, com a abstenção do vereador da CDU, Francisco Queirós, uma moção de apoio ao povo ucraniano.
A moção prevê que a Câmara Municipal de Coimbra, num ato simbólico e em linha com as sanções internacionais aplicadas à Rússia, decide suspender o acordo de geminação com a cidade russa de Yaroslavl, que tinha sido assinado a 14 de Julho de 1984.

Numa flagrante violação da Carta das Nações Unidas e da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Federação Russa invadiu um país democrático e independente, sem qualquer justificação, causando destruição e morte indiscriminada de pessoas inocentes numa dimensão inimaginável, revelando um chocante desprezo pelo Direito Internacional, pela Paz, pelo normal relacionamento entre povos e pela Vida.

 

Neste contexto, que pode conduzir a Europa à terceira guerra mundial, de imprevisíveis consequências, a Câmara Municipal de Coimbra, reunida ordinariamente a 7 de março de 2022, entende ter o dever de proclamar que é contra todas as formas de imperialismo e de quaisquer tentativas de impor a submissão de países independentes pela força das armas, pelo que exige a imediata retirada das forças armadas da Federação Russa, o país agressor, do território ucraniano, o país agredido, respeitando integralmente as fronteiras reconhecidas pela ONU.

 

A Câmara Municipal de Coimbra verbera igualmente a prisão arbitrária de milhares de pessoas que, no território russo, se manifestam contra a guerra na Ucrânia, demonstrando a ausência de democracia e liberdade na Federação Russa.

 

Embora compreendendo que o povo russo também é, em certa medida, uma vítima da ditadura feroz que o governa, a Câmara de Coimbra, num ato de profundo simbolismo e em linha com as sanções internacionais, decide suspender o acordo de geminação, ou acordo de paz e cooperação, com a cidade russa de Yaroslavl, que tinha sido assinado a 14 de Julho de 1984, e informar as respetivas autoridades municipais desta decisão bem como das razões que lhe estão subjacentes.

 

Com efeito a agressão russa à Ucrânia, por ordem de Putin, é incompatível com o acordo então estabelecido, que preconizava que as partes contratantes apoiavam sempre todas as iniciativas e ações que servissem ao desanuviamento político e militar e à consolidação da paz, dentro do espírito dos princípios da coexistência pacífica, princípios esses que agora foram violentamente violados.

 

A Câmara de Coimbra declara ainda que se empenhará em prestar todo o apoio possível ao povo ucraniano e que desenvolverá as necessárias iniciativas para receber com humanismo e amizade os ucranianos que pretendam refugiar-se no concelho, criando as imprescindíveis condições para que aqueles que eventualmente aqui queiram iniciar uma nova vida o possam fazer com toda a dignidade.

 

Finalmente, a Câmara de Coimbra apela ao máximo respeito pelas pessoas de nacionalidade e/ou ascendência russa que vivem entre nós, na medida em que não têm quaisquer responsabilidades nos trágicos acontecimentos da guerra na Ucrânia, e afirma que Coimbra continuará a receber com fraternidade todos os cidadãos russos que aqui queiram viver em paz.

 

 

Câmara Municipal de Coimbra, 7 de Março de 2022

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