30 Novembro 2022

CM de Coimbra debateu publicamente plano de reabilitação urbana de Santa Clara

CM de Coimbra debateu publicamente plano de reabilitação urbana de Santa Clara

O Salão Nobre da Câmara Municipal (CM) de Coimbra acolheu ontem, dia 29 de novembro, a apresentação publica da Operação de Reabilitação Urbana (ORU) simples da Área de Reabilitação Urbana (ARU) Coimbra – Santa Clara. Um encontro promovido pela autarquia, que contou com a presença do presidente da CM Coimbra, José Manuel Silva, e da vereadora com o pelouro do Urbanismo, Ana Bastos, bem como de técnicos municipais e munícipes.

O presidente da CM de Coimbra, José Manuel Silva, abriu a sessão pública do plano de reabilitação urbana de Santa Clara, apresentada ontem, dia 28 de novembro, publicamente no Salão Nobre da CM de Coimbra.

 

De seguida, a vereadora do Urbanismo, Ana Bastos, acompanhada pelo chefe da Divisão de Gestão Urbanística Centro, Pedro Costa, e por Eduardo Mota, técnico da Divisão de Gestão Urbanística Centro, manifestou a intenção da autarquia de envolver as principais instituições desta área geográfica nesta discussão pública, nomeadamente: União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas, Universidade de Coimbra, Fundação Bissaya Barreto, Seminário Maior de Coimbra e Exploratório.

 

Recorde-se que decorre, até 14 de dezembro, a discussão pública desta ORU simples, que procura reabilitar o edificado e integrar soluções de regeneração urbana. O processo está disponível para consulta na página oficial do Município e na Divisão de Gestão Urbanística Centro. Os interessados podem apresentar, por escrito, sugestões, reclamações ou observações, por correio eletrónico (geral@cmcoimbra.pt) para o endereço postal da Câmara Municipal (CM) de Coimbra ou, ainda, no atendimento ao público da CM (Praça 8 de Maio ou Loja do Cidadão).

 

 

A estratégia de reabilitação urbana de Santa Clara, apresentada na reunião do Executivo de 14 de novembro –  recorde-se que a delimitação da ARU Coimbra/Santa Clara foi aprovada na Assembleia Municipal de 27 de dezembro de 2019 – baseia-se em seis eixos de intervenção no núcleo antigo e na área envolvente, centrados em domínios fundamentais para a sua afirmação e para a melhoria das condições urbanas, ambientais, económicas e sociais: Densificar a multifuncionalidade, Reforçar conexões e facilitar a mobilidade, Valorizar a paisagem e potenciar a continuidade ecológica, Valorizar o ambiente urbano, Valorizar o património cultural e (Re)desenvolver o turismo.

 

 

Para a área delimitada, a respetiva estratégia operacional traduz-se num conjunto de 38 ações estruturantes, corporizadas num modelo que reflete a visão para esta ARU, mas cujas opções se integram no modelo global que permitirá ao Centro Histórico/Centro Urbano Antigo ser mais qualificado e competitivo, recentrando-se no contexto da cidade e da região. A Operação de Reabilitação Urbana simples de Santa Clara permitirá, também, incentivar a reabilitação do edificado por parte dos privados.

 

 

Estes projetos estruturantes traduzem uma resposta concreta aos problemas e às oportunidades detetadas, distinguindo-se pela sua capacidade de alavancar o desenvolvimento deste território, valorizar o património, impulsionar um efetivo processo de regeneração e dinamização do centro histórico sem, contudo, esquecer as zonas envolventes e o potencial das zonas expectantes, de enorme valor no complemento e coesão da estrutura urbana do território.

 

 

Uma das intervenções enunciadas no plano é pedonalizar da Avenida João das Regras, na margem esquerda do rio Mondego. Esta ação é considerada, pela vereadora Ana Bastos, como uma das mais prioritárias. “Tenho estado em conversações com a Universidade de Coimbra, visto que o projeto pressupõe o desvio da via rodoviária para junto do Estádio Universitário e vai interferir com terrenos da Universidade. Há abertura da Universidade de Coimbra”, realçou a responsável, em declarações à Lusa.

 

 

A vereadora apontou, ainda, várias intervenções de grande envergadura para Santa Clara, nomeadamente a construção de novas travessias pedonais sobre o Mondego, incluindo uma dedicada apenas a transportes públicos que desse continuidade à Rua dos Oleiros, na baixa de coimbra, na margem direita do rio. A ampliação da área sul da margem esquerda do Parque Verde até à Lapa dos Esteios, a introdução de um meio mecânico entre a cota alta e baixa de Santa Clara, o desenvolvimento da zona urbana a sul da rotunda das Lajes e a criação de zonas de miradouro na encosta de Santa Clara são outras das operações previstas no documento.

 

 

 

Santa Clara corresponde ao complemento natural da mancha central da cidade, onde se situam alguns dos edifícios e dos lugares mais emblemáticos e de importância estratégica. Embora muitas vezes menosprezada, a margem esquerda assume-se como um espelho da margem oposta, possuindo as mesmas valências urbanas, superando-as em alguns casos, nomeadamente zonas verdes, equipamentos desportivos e culturais, edifícios históricos, complexos comerciais e áreas residenciais de enorme relevância.

 

 

Ainda assim, este território não está isento de fenómenos de degradação física e de desqualificação funcional com reflexo na sua dinâmica, agradabilidade e aproveitamento pleno de todo o seu potencial. Apesar de alvo de um conjunto significativo de iniciativas já levadas a cabo e outras em curso, é esta realidade que justifica a elaboração da Operação de Reabilitação Urbana e respetiva Estratégia.

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