A responsável falava aos jornalistas após a inauguração de uma exposição na Sala da Cidade sobre o projeto da futura estação intermodal (no lugar da estação de Coimbra-B) e plano para toda a zona envolvente, que se estende até Coimbra-A (também conhecida como Estação Nova), no âmbito do projeto da linha de alta velocidade que irá ligar Porto a Lisboa.
Segundo Ana Bastos, há “vários estudos de especialidade” que ainda estão em elaboração, ao contrário dos estudos de tráfego que estão concluídos e que foram fundamentais para “a constituição da rede rodoviária nos espaços adjacentes”, com o plano agora exposto a ser mais claro sobre toda a estrutura viária à volta da estação, incluindo a nova ponte rodoviária do IC2, estrutura defendida pelo atual executivo municipal.
“As coisas estão a ficar cada vez mais consolidadas e sustentadas também do ponto de vista técnico”, notou a vereadora, admitindo que a cota de cheia, que foi atualizada, continua a ser “um ponto crítico” que se procura ultrapassar com soluções de engenharia e de urbanismo.
Ao nível do planeamento, o Município pretende também que o plano seja classificado como um projeto estratégico, que carece de despacho ministerial, o que poderá permitir fazer caves, cujas entradas serão acima da cota de cheia e que são “absolutamente essenciais”, nomeadamente para estacionamento e para o funcionamento das torres previstas construir junto à estação ferroviária, construída em forma de ponte.
Na sessão, Carlos Fernandes afirmou aos jornalistas que, com o fecho programado da Estação Nova para 12 de janeiro de 2025, há “disponibilidade da IP” para fazer uma subconcessão daquele edifício à Câmara, “para múltiplos usos, nomeadamente culturais”.
O concurso para o segundo troço do projeto de alta velocidade, entre Oiã e Soure e que abrange a construção da estação de Coimbra, fecha a 6 de janeiro de 2025.
Créditos fotográficos: Câmara Municipal de Coimbra | João Pedro Lopes
LUSA/CM de Coimbra