Esta manhã, em visita ao Centro de Saúde Militar de Coimbra, o presidente da autarquia, Manuel Machado, sublinhou que esta estrutura de retaguarda funciona de forma complementar, salientando a conjugação de esforços entre as diversas entidades para assegurar “mais este ponto de apoio”.
“O que interessa hoje é combater a pandemia, como é exemplo este trabalho”, disse o autarca, referindo que foi a Câmara Municipal que assegurou o acolhimento dos profissionais de saúde em hotéis da cidade.
O protocolo de colaboração com a Cruz Vermelha Portuguesa hoje assinado prevê precisamente que a Câmara assuma os encargos correspondentes ao alojamento dos profissionais de saúde que vêm trabalhar nesta EAR no antigo Hospital Militar, e que não possuam habitação fixa no concelho de Coimbra, ou nos municípios adjacentes, considerando que a instalação desta estrutura, graças à disponibilização pelo Exército para a acolher no Centro de Saúde Militar de Coimbra, assume uma relevante importância no contexto do combate à pandemia COVID-19, mediante cooperação conjugada de diversas entidades das áreas da Saúde, da Segurança Social e da Proteção Civil, servindo Coimbra e sua Região.
Em declarações aos jornalistas, Manuel Machado avançou ainda que o município já disponibilizou o Pavilhão Municipal Multidesportos Mário Mexia como centro para vacinação em massa, quando essa fase arrancar. “Tem boa localização, boas acessibilidades e reúne as condições técnicas”, acrescentou.
Nesta visita, participaram ainda os secretários de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, e da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, que coordenada a resposta à COVID-19 na região Centro, bem como o diretor do Centro de Saúde Militar, Rafael Pombo, a diretora do Centro Distrital de Coimbra do Instituto da Segurança Social, Manuela Veloso, e o vogal da Administração Regional de Saúde do Centro, Mário Ruivo.
Esta unidade tem de momento 31 camas para doentes com COVID-19, 21 destas com rampas de oxigénio, tendo uma “capacidade de expandir até às 60 camas”, disse António Lacerda Sales. Segundo o membro do Governo, a unidade já está a receber utentes, estando preparada para acolher “doentes de média e baixa complexidade”, infetados com COVID-19.
“Coimbra tem uma estrutura pública boa e agora surgiu esta estrutura que vai ser muito útil”, salientou. “Temos sempre capacidade de nos ir reinventando nesse limite, para criar expansibilidade da rede. Esta é mais uma alternativa e garantidamente que, se órgãos diretivos assim o entenderem, serão abertas as restantes camas”, salientou.
CM Coimbra / LUSA