29 Março 2021

Coimbra formalizada Capital Europeia da Economia Social no último trimestre de 2021

Coimbra formalizada Capital Europeia da Economia Social no último trimestre de 2021

O presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, Manuel Machado, assinou, esta manhã, a carta de compromisso que formaliza a constituição da rede de cidades portuguesas que recebe o título de Capital Europeia da Economia Social em 2021. Coimbra vai receber, no último trimestre do ano, o Encontro Ibérico de Economia Social, centrado nos temas do desenvolvimento local, regional, transfronteiriço e da internacionalização, entre outras iniciativas a divulgar oportunamente. “É uma honra e um gosto integrar a rede de cidades que em 2021 acolhe o título de Capital Europeia da Economia Social”, sublinhou Manuel Machado, que destacou o papel dos municípios no combate à pandemia.

Coimbra é uma das cinco cidades portuguesas que integra a rede selecionada para receber o título de Capital Europeia da Economia Social em 2021. Uma escolha que este ano coube a Portugal, no âmbito da Presidência do Comité de Monitorização da Declaração de Luxemburgo, e que foi realizada pela Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (CASES) em coordenação com o Governo, tendo o modelo adotado sido o de uma rede de cidades portuguesa de economia social integrada por Coimbra, Braga, Cascais, Sintra e Torres Vedras.

 

A apresentação da rede e a assinatura do contrato de compromisso dos cinco municípios escolhidos decorreu esta manhã, no Palácio de Queluz, em Sintra, durante a conferência “O papel da Economia Social na criação de emprego e na implementação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais”, integrada no programa oficial da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, que contou com as intervenções da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, do Comissário Europeu, Nicolas Schmit, dos autarcas que integram a rede e do presidente da CASES.

 

Manuel Machado destacou que “é importante que seja uma capital polinucleada, baseada e sustentada na capacidade de cada um dos nossos municípios e, sobretudo, no entusiasmo que temos em trabalhar para o bem comum”, afirmou o presidente da CM Coimbra, enaltecendo o trabalho do poder local democrático no combate às desigualdades sociais, sobretudo hoje, em que vivemos num período económico e social difícil devido à pandemia da COVID-19.

 

O autarca realçou, ainda, a importância da “efetiva inclusão social das pessoas, nomeadamente de grupos mais vulneráveis”, da criação de “medidas de proteção social, com uma maior proximidade do Estado aos cidadãos”, da promoção “da economia do terceiro setor” e da aposta no empreendedorismo social. “Tudo isto já sabido. Mas hoje é ainda mais importante que seja praticado”, considerou.

 

Manuel Machado recordou que em Coimbra estão sediadas cerca de 300 organizações da economia social, “que desempenham, em articulação com a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia, um trabalho notável”. “Neste último ano, em que a crise pandémica trouxe também associada uma crise económica e social que vai perdurar, foi a nossa rede que primeiramente deu uma resposta real às pessoas, para que não passassem fome, para que não ficassem sem água, eletricidade e gás, ou para que não dormissem ao relento”, afirmou, realçando: “Trabalhámos para que ninguém ficasse para trás!”.

 

“O nosso Estado Social não seria o mesmo sem os municípios e sem o seu desassossego, que invulgarmente é notado no espaço público e mediático, pois optamos por fazê-lo dessa forma, mas que é o amparo de milhares de famílias por este país fora, seja pelo apoio prestado, seja pela importância que este setor já tem na nossa economia”, acrescentou ainda, considerando que “por isso, entendemos que este título, polinucleado, em 2021 merece a participação de todos, não apenas dos subscritores, mas dos nossos pares”. Manuel Machado terminou o seu discurso garantindo que, em Coimbra, a economia social vai continuar a ser uma aposta da autarquia e agradecendo à CASES pelo seu trabalho em prol de um mundo melhor e mais justo.

 

Já a ministra Ana Mendes Godinho enalteceu, por sua vez, a “iniciativa inovadora” da rede de cidades Portuguesas Capital Europeia da Economia Social 2021, que na sua perspetiva mostra “por um lado, a centralidade das dinâmicas locais na procura de respostas e de soluções concretas em cada dia para os problemas quotidianos das populações, como por outro lado mostra a economia social como um setor que tem contribuído massivamente para um desenvolvimento inclusivo e sustentável”. A governante assumiu, ainda, o compromisso nacional e europeu de “promover a economia social enquanto fator de progresso decisivo em termos económicos e sociais para todos”, defendendo que “a economia social é claramente um agente ativo da inclusão no mundo de trabalho, na inclusão na sociedade e no combate às desigualdades”.

 

Recorde-se que Coimbra foi uma das cinco cidades portuguesas selecionadas para receber o título de Capital Europeia da Economia Social em 2021. A seleção foi efetuada pela CASES, que decidiu, ainda, que Coimbra vai receber, no último trimestre do ano, o Encontro Ibérico de Economia Social, centrado nos temas do desenvolvimento local, regional, transfronteiriço e da internacionalização.

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