Era um passo importante e decisivo na caminhada de Coimbra a CEC27. Ao desafio lançado pelo Ministério da Cultura no final do ano passado, em que eram feitas várias questões sobre a capacidade de o município acolher e organizar um evento desta dimensão, bem como pedidos de contributo sobre a estratégia cultural de longo prazo, conteúdo cultural e artístico e dimensão europeia, Coimbra respondeu com a criação de um Conselho Municipal de Cultura (que integra as principais organizações culturais, políticas e de ensino superior do município, bem como personalidades individuais), com uma edição do Orçamento Participativo inteiramente dedicada à candidatura – com uma dotação de meio milhão de euros – e com um “Pacto de Cidade”.
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, salientou, hoje, na sessão da Assembleia Municipal, que este é um “desafio para beneficiar a cidade e o país”, que a candidatura tem um “espírito de abertura e de congregação” e que interessa “sobretudo o ‘day after’, isto é, o que fica e não apenas um evento efémero”. O autarca destacou as realizações do Grupo de Trabalho da candidatura, coordenado pelo mágico Luís de Matos, agradecendo em nome do município tudo o que têm feito.
Já Luís de Matos, que lidera do Grupo de Trabalho, vê nesta aprovação política “um sinal de grande afirmação de Coimbra, que a abrirá ainda mais, e ao longo dos próximos meses, ao país e à Europa, numa caminhada que é, ela própria, uma prova da capacidade e envolvimento de todos dos conimbricenses”.
O “Pacto de Cidade” é um documento agregador de compromisso inequívoco sobre a vontade, capacidade e determinação em torno da candidatura de Coimbra a CEC27. Elaborado pelo Grupo de Trabalho da candidatura, depois de ouvidas as entidades e personalidades locais, o documento foi submetido ao executivo municipal, que o discutiu e aprovou por unanimidade na reunião do passado dia 22 de março. O documento seguiu depois para a Assembleia Municipal que, na sessão de hoje, o aprovou também por unanimidade.
A votação tem mais que um valor simbólico. É um passo de afirmação clara de Coimbra nesta caminhada, que legitima as suas aspirações a ser a cidade escolhida, depois dos sucessos de Lisboa, Porto e de Guimarães. A partir de agora, e com a cidade envolvida em uníssono, o caminho está definido para os últimos nove meses de preparação, que culminarão na apresentação do Bid Book, onde se vão reunir todas as propostas, metas, competências, investimentos e processos que pretendem elevar Coimbra ao estatuto de Capital Europeia da Cultura.