O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, congratulou-se hoje com a conclusão das obras de retirado de fibrocimento com amianto das escolas de Coimbra, num investimento superior a 600.000 euros.
Recorde-se que estas empreitadas foram financiadas pelos Programas Operacionais Regionais, tal como anunciou o Governo, a 23 de junho, durante a assinatura de um protocolo com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), também presidida por Manuel Machado, para a colaboração das autarquias na remoção de fibrocimento nos edifícios escolares. Nessa cerimónia, o primeiro-ministro, António Costa destacou que este programa contribuirá ainda para travar “efeitos devastadores” no emprego, dinamizando a construção civil em todo o território nacional e agradeceu a Manuel Machado “a parceria com a ANMP para a intervenção nas escolas, que tinham um problema que se arrastava há muitos anos”. Já o presidente da CM Coimbra e da ANMP salientou que “estamos perante um velho problema e é altura de deitarmos mãos à obra”. “Estou certo de que os municípios vão arregaçar as mangas em articulação com o Governo”, concluiu o autarca.
Na visita de ontem, a ministra da Coesão Territorial disse que até ao final do ano a totalidade das escolas dará por concluída a remoção de fibrocimento. “Até ao final do verão, 85% das escolas com os trabalhos totalmente feitos e até ao final do ano 100% das escolas”, salientou hoje de manhã Ana Abrunhosa, na visita à Escola Eugénio de Castro, em Coimbra, estrutura com a maior área intervencionada na região Centro (5.664 m2). De acordo com as previsões da governante, “haverá 15% [edifícios escolares] que por um conjunto de situações várias precisarão de mais tempo”. “Portanto, o ideal é termos a conclusão das obras até final de 2021”.
Relativamente ao trabalho das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), “as candidaturas estão aprovadas, mas o trabalho continua de acompanhamento de obras, de análise e de realização dos pedidos de pagamento de reembolso, porque nas despesas, no que diz respeito a estas obras relacionadas com a remoção de amianto, a comparticipação é de 100%”, sublinhou. “No âmbito do Portugal 2020 resolvemos o problema do amianto em 200 escolas, portanto essa lista de 635 escolas estava incorreta porque, ao ver escola a escola com os autarcas foi possível verificar que maior parte delas o problema já tinha sido resolvido”, explicou.
Na visita, a governante garantiu que se houver alguma escola com fibrocimento terá prioridade no próximo quadro comunitário Portugal 2030. “Admitimos que possa haver uma ou outra situação, há escolas em que não se justificava remover o fibrocimento com amianto, porque as escolas necessitam de uma intervenção mais profunda. Para essas escolas estão a ser feitos os projetos e terão prioridade no próximo quadro comunitário, ou seja, situações em que o problema vai para além do amianto”, garantiu.
O Programa Operacional Regional do Centro (Centro 2020) aprovou 100 projetos para remoção de fibrocimento em edifícios escolares da região, representando um investimento de 11,4 milhões de euros.
LUSA / CM Coimbra