31 Março 2022

Primeiras refugiadas chegaram ao Centro de Acolhimento de Coimbra

Primeiras refugiadas chegaram ao Centro de Acolhimento de Coimbra

Larysa Kuhshnir e Yaroslava Onipa foram as duas primeiras refugiadas da guerra da Ucrânia a serem acolhidas no Centro de Acolhimento de Refugiados de Coimbra, onde irão ficar provisoriamente. O Centro de Acolhimento, instalado no Centro de Saúde Militar de Coimbra, antigo Hospital Militar de Coimbra, tem capacidade para acolher 40 pessoas, com todas as condições necessárias, e resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal (CM) de Coimbra e o Exército.

Cansadas, as duas primas diretas, de 49 e 33 anos, respetivamente, chegaram há apenas três dias a Lisboa e seguiram hoje para Coimbra, para conhecerem o local onde vão passar os próximos dias.

O Centro de Acolhimento de Refugiados de Coimbra está instalado no Centro de Saúde Militar de Coimbra, antigo Hospital Militar de Coimbra. O quarto número dois foi atribuído às duas primas, naturais de Odessa e de Lviv.

 

À entrada, as placas bilingues – português e ucraniano – ajudam a identificar os compartimentos, onde, para além de quartos com capacidade para 40 pessoas, existe também uma copa, refeitório e até uma sala de brincar, com inúmeros brinquedos a pensar nos mais pequenos.

 

Durante a visita ao Centro de Acolhimento de Refugiados Ucranianos de Coimbra, que se realizou durante a tarde de ontem, o presidente da CM de Coimbra, José Manuel Silva, explicou que foi feita uma preparação das instalações para que os refugiados possam “sentir-se bem, longe de casa, mas quase em casa”.

 

Larysa e Yaroslava trabalhavam numa associação de apoio a crianças e nunca tinham vindo a Portugal, onde não têm família ou amigos, traduziu Anton, que viveu 13 anos em Portugal. “Regressei em março, tinha ido para a Ucrânia em dezembro do ano passado, para o nascimento da minha filha”, revelou. Em Odessa, Larysa deixou o filho de 28 anos a defender o país, bem como uma irmã e a mãe. Também Yaroslava deixou a mãe e os irmãos em Lviv.

 

A viagem até Portugal foi muito difícil, primeiro com a ajuda da Cruz Vermelha, depois de outras associações humanitárias, “sem conforto, sem higiene básica e sem segurança”. Em Coimbra, ficarão para já em duas das três camas do quarto número dois do Centro de Acolhimento de Refugiados, com um sorriso, mesmo que ténue, depois de terem recebido dois computadores da Student Keep, que permitirão que estejam um pouco mais perto do país de origem. O próximo passo é aprender a falar português, a língua em que a única palavra que sabem pronunciar é “obrigado”.

 

O Centro de Acolhimento de Refugiados de Coimbra foi instalado no Centro de Saúde Militar de Coimbra, antigo Hospital Militar de Coimbra, tendo capacidade para acolher 40 pessoas, com todas as condições necessárias. Resulta de uma parceria entre a CM de Coimbra e o Exército, cabendo à autarquia disponibilizar o apoio logístico, ao nível da alimentação, lavandaria e ainda bens de higiene.

 

O alojamento no Centro de Saúde Militar será temporário, dado que é intenção integrar, a médio prazo, todos os agregados ucranianos que chegam à cidade nos alojamentos das famílias que se encontram inscritas no banco de famílias. Recorde-se que, no início de março, a Câmara de Coimbra criou um banco de famílias para acolherem refugiados nas suas casas, que já permitiu a integração de vários agregados ucranianos.

 

LUSA / CM Coimbra

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