“O concelho de Coimbra está completamente comprometido com o desenvolvimento de políticas alimentares sustentáveis e com a intenção de colocar a alimentação e a agricultura no centro da resposta da ação climática”, defendeu o vereador Miguel Fonseca, adiantando que vai ser “criado um plano de ação para a economia circular e economia verde, que implemente um conjunto de ações que potenciem e aproximem o concelho da sustentabilidade, tais como a promoção da produção local, o incentivo à criação de hortas biológicas urbanas comunitárias, o fomento do abastecimento de proximidade, o uso dos produtos locais ou o combate ao desperdício alimentar”.
O autarca falava na apresentação do plano estratégico da CIM RC para a área alimentar, criado no âmbito do projeto ‘Food Corridors’, do programa Urbact. Um projeto, tal como o próprio nome indica, que “se propõe a desenhar corredores que facilitam a ligação urbano-rural ao nível alimentar, promovendo a geração de ambientes de produção e consumo baseados nos designados três pilares da sustentabilidade: económica, social e ambiental”, explicou, ainda, Miguel Fonseca, acrescentando que “o impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia e a cada vez mais comum ocorrência de eventos/fenómenos extremos relacionados com as alterações climáticas colocaram em evidência a necessidade de uma nova orientação para as políticas alimentares, que combine o esforço de múltiplos atores, e que seja crescentemente local e regional”.
A estratégia alimentar na CIM-RC “reflete uma preocupação da região com a alimentação, com a gastronomia, com os produtores locais e com as cadeias curtas de produção”, explicou, por sua vez, o vice-presidente da comunidade intermunicipal, Raúl Almeida. “Ou seja, os produtores produzem e nós fazemos chegar aqueles produtos, que são os nossos produtos locais, às cidades e garantimos também uma alimentação saudável, sustentável e também inovadora”, acrescentou.
“A nossa visão é transformar a Região de Coimbra num polo regional ligado à produção, consumo, investigação e inovação alimentar sustentável e, para isso, criámos ações prioritárias”, avançou, ainda, Raúl Almeida, elencando alguns dos objetivos previstos neste plano: a implementação de medidas de prevenção dos resíduos, a conceção ecológica, reutilização, entre outras ações promotoras da economia circular, a criação de um plano para a redução do desperdício alimentar, bem como com uma plataforma ‘online’ de troca de subprodutos/resíduos.
“A nossa aposta, através da Estratégia Alimentar da Região de Coimbra 2022-2030, é continuar a construir oportunidades de apoio aos sectores agroalimentar e gastronómico, com particular enfoque na inovação e sustentabilidade, promovendo o consumo e a produção sustentável de produtos regionais, o que, por conseguinte, reforçará a economia do nosso território”, concluiu Raul Almeida.
Créditos fotográficos: CIM – Região de Coimbra