As obras incidiram na manutenção da cobertura, incluindo claraboias, com a instalação de uma claraboia nova, manutenção e correção do revestimento das paredes e teto do WC do 2.º piso, revestimento de uma cobertura em terraço existente no piso 2 e desconstrução de um pórtico que se encontra inoperacional no saguão posterior do edifício e que estava em risco de danificar os equipamentos de AVAC (climatização) existentes do saguão.
O Edifício Chiado é um exemplar da arquitetura do ferro, inaugurado em 1910 para brindar Coimbra com uma filial dos Grandes Armazéns do Chiado de Lisboa. Em 1949, foi instalada a empresa de têxteis Santix, com fábrica nos últimos andares, propriedade do avô galego de Assis Pacheco. Em 1973, o prédio foi vendido ao Banco Intercontinental Português (BIP) que, passado um ano, foi nacionalizado.
Em 1977, o Conselho de Ministros resolveu extinguir e transferir para o Banco Pinto e Sotto Mayor todos os valores ativos e passivos do BIP. O Chiado passa, então, para propriedade do Banco Pinto e Sotto Mayor que teria como objetivo desmantelar o edifício para construir uma agência bancária. Em março de 1978, um grupo de cidadãos, encabeçado pelo Delegado da Direcção-Geral dos Desportos, Fernando Mendes Silva, iniciou um movimento cívico – a “Operação Chiado” – com o intuito de salvar o edifício.
Adquirido pela Câmara Municipal de Coimbra em 1984, foi espaço para o 1º Encontros de Fotografia e Turismo. O edifício foi, profundamente, remodelado pela autarquia em 1992. Em 2001, a Câmara Municipal inaugura o Museu Municipal de Coimbra, albergando uma coleção de arte doada pelo casal Telo de Morais. Atualmente, no primeiro, segundo e terceiro pisos está instalada a exposição permanente, constituindo o piso térreo um local privilegiado para exposições temporárias.