No próximo semestre, em que Portugal preside à União Europeia, Coimbra quer ser o palco da diversidade e das culturas europeias. A iniciativa foi hoje divulgada numa conferência de imprensa que contou com as presenças do presidente da autarquia, Manuel Machado, da vereadora da Cultura, Carina Gomes, e do coordenador do grupo de trabalho da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027, o mágico Luís de Matos.
Até junho deste ano, o Convento São Francisco, um centro cultural e de congressos da CM Coimbra, vai acolher uma vasta e diversa programação que vai trazer a Coimbra um conjunto de iniciativas que divulgam artistas, temáticas e tradições de outros países europeus. Este programa que foi preparado muito antes do atual contexto da pandemia, previa trazer a Coimbra um conjunto significativo e representativo das companhias, orquestras e de nomes maiores da cena artística contemporânea de cada um dos países que integram a UE. Todavia, a evolução da COVID-19 e as medidas de contingência à doença impuseram uma mudança de planos, com a programação de espetáculos, concertos, exposições, conferências e intervenções no espaço público a serem revistas e reajustadas.
Apesar destes constrangimentos, a autarquia entendeu manter uma programação regular, dentro da mesma temática, desafiando artistas nacionais e alguns europeus a programar iniciativas dedicadas aos vários países que compõem a UE, apoiando assim também as classes técnicas e artísticas que foram das mais afetadas pela pandemia.
O espetáculo de abertura “Pitou – 100 anos Amália”, no dia 17 de janeiro, é dedicado a Portugal e ao centenário de Amália Rodrigues. Especialmente concebido para a última edição do Correntes de um só Rio, festival criado pela autarquia de promoção do fado e da canção de Coimbra, o espetáculo, será transmitido em formato online, pelas 18h00. Outro dos destaques vai para Salvador Sobral que canta o belga Jacques Brel, num concerto singular e intimista integrado no “Festival Montepio às vezes o amor”, no dia dos namorados.
Ainda em janeiro, no dia 30, a Orquestra Clássica do Centro com Adriano Jordão vai trazer Viena até Coimbra. Enquanto a 5 de fevereiro, o pianista Jorge Fontes vai interpretar Beethoven com um recital de piano a solo e no dia seguinte Tiago Cadete traz a peça de teatro Gulliver. A 7 de fevereiro, o grande auditório do Convento São Francisco recebe o grande concerto de encerramento do VI Coimbra World Piano Meeting, que é este ano uma homenagem ao compositor francês Charles-Camille Saint-Saëns, que morreu há 100 anos.
Ainda em fevereiro, no dia 27, a antiga igreja do Convento São Francisco vai receber um espetáculo ímpar de um quarteto de harpas celtas, interpretado por quatro mulheres da Galiza, que constituem o grupo Lulavai, onde o protagonismo das harpas e o som doce das suas vozes dão vida a um estilo próprio e único. Também de Espanha, mas já a 20 de março, o grande auditório vai receber o aclamado Tomatito, um solista de máxima relevância no flamenco.
Antes disso, a 4 de março, o grande auditório vai ser o palco de uma viagem única à Hungria, com a Orquestra Gulbenkian, sob a direção de Nuno Coelho, a apresentar um programa maioritariamente constituído por obras de compositores húngaros.
Estes são alguns dos destaques do primeiro trimestre desta programação, mas a oferta é muito vasta, com teatro, cinema, oficinas, música, concertos encenados, dança, concertos para bebés, exposições a decorrerem até junho de 2021. A programação do segundo trimestre será divulgada atempadamente, estando sempre dependente da evolução da pandemia.
Presentes na conferência de imprensa estiveram ainda os membros do grupo de trabalho da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027 António Pedro Pita, Luis Filipe Menezes, Manuel Rocha e Cristina Robalo Cordeiro.
A programação está disponível em http://www.coimbraconvento.pt/pt/agenda e https://www.coimbragenda.pt.
