12 Abril 2023

Nova escultura de D. Afonso Henriques apresentada em Coimbra

Nova escultura de D. Afonso Henriques apresentada em Coimbra

A nova escultura de D. Afonso Henriques foi publicamente apresentada hoje, dia 12 de abril em Coimbra, numa cerimónia que decorreu na Praça das Cortes. Uma obra da autoria do escultor Dinis Ribeiro e do arquiteto Abel Cardoso, que retrata o rei na puberdade, prestes a tornar-se cavaleiro. A escultura, que tem seis metros de altura e pesa cerca de 15 toneladas, foi apresentada na cidade que D. Afonso Henriques escolheu como capital de Portugal em 1131, Coimbra, e vai seguir depois para Zamora (Espanha), onde o primeiro rei de Portugal se armou cavaleiro em 1125, para ser inaugurada no final do mês de abril (29 e 30). A iniciativa foi coorganizada pela Câmara Municipal (CM) de Coimbra e pela Grã Ordem Afonsina.

A nova estátua de D. Afonso Henriques, da autoria do escultor vimaranense Dinis Ribeiro, é uma representação inédita desta figura emblemática de Portugal. Dinis Ribeiro explicou que a obra retrata o primeiro rei de Portugal na puberdade, quando este está prestes a tornar-se cavaleiro. A obra vai fazer precisamente o mesmo itinerário do primeiro rei de Portugal. Foi criada em Guimarães, apresentada publicamente em Coimbra (onde o rei criou a sua corte durante o seu percurso de conquista territorial de norte para sul) e segue agora para Zamora, onde o rei se armou cavaleiro em 1125 (na Catedral de Zamora).

 

A obra de arte tem o seu conjunto escultórico constituído por uma estátua e um pedestal, ambos representados por três elementos: o tronco em granito amarelo de Guimarães, o rosto de mármore e o cabelo de granito preto do Alentejo como símbolo da juventude de D. Afonso Henriques. Também nesses três elementos está constituída a figura do jovem monarca, com três dimensões humanas: a dimensão física, intelectual e espiritual, para além dos elementos de pedra desta constituição terem um sentido geográfico que começam do norte e terminam no sul. O pedestal tem como base o granito azul de São Torcato –uma referência clara ao Martírio de São Torcato, Santo Mártir cuja devoção nortenha é muito expressiva.

 

A utilização do mármore lioz assume uma ligação artística à estátua de D. Afonso Henriques, de Soares dos Reis, colocada em Guimarães em 20 de outubro de 1887, cujo pedestal foi construído justamente em mármore lioz. O betão armado como terceiro elemento simboliza a contemporaneidade da obra de arte como a vida e obra do rei homenageado. Como referência de tradição das estátuas, o plinto volta também a ser concebido por um arquiteto, neste caso, o vimaranense Abel Cardoso, seguindo a linha de continuidade da tradição estatuária.

 

A apresentação da escultura de Dinis Ribeiro, em Coimbra, contou com a presença do presidente da CM de Coimbra, José Manuel Silva, do presidente da Direção da Grã Ordem Afonsina, Florentino Cardoso, bem como do esculturo Dinis Ribeiro e do arquiteto Abel Cardoso. Na cerimónia (que decorreu junto à Sala D. Afonso Henriques), que contou também com o momento musical da responsabilidade do Fado ao Centro, José Manuel Silva reforçou a intenção de Coimbra vir a ter uma estátua definitiva que represente de D. Afonso Henriques. O objetivo passa por homenagear D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, promovendo também o concelho de Coimbra como antiga capital do reino. Uma aposta do executivo municipal em desenvolver e reestruturar a oferta turística municipal em torno deste facto histórico e do Património Mundial da Humanidade.

 

Recorde-se que a CM de Coimbra atribuiu, em outubro de 2021, o nome de D. Afonso Henriques à antiga igreja do Convento São Francisco, a segunda maior sala deste centro cultural e de congressos gerido pelo município.

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